Comércio eletrônico, uma das áreas de cooperção China-Brasil, será novo motor do BRICS

Fonte: Xinhua    05.09.2017 10h40

Por Xun Wei e Diogo Teixeira

Xiamen, 5 set (Xinhua) -- As vendas online de produtos e serviços têm o potencial de impulsionar as trocas comerciais entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, disse o vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, durante a Cúpula do BRICS.

"O comércio eletrônico já é uma base da cooperação do BRICS", afirmou Wang, acrescentando que o e-commerce tem grande importância para estimular a economia e criar empregos, especialmente para jovens, mulheres e pequenos negócios, por superar os limites de tempo e espaço entre mercados distantes.

Na sexta-feira, ainda em Beijing, os presidentes Xi Jinping e Michel Temer presenciaram a assinatura de um memorando de entendimento em comércio eletrônico, além de cooperações em setores como energia e infraestrutura.

Em 2016, os membros do BRICS tinham 1,46 bilhão de internautas, e metade usava a internet para fazer compras, destacou o vice-ministro durante a Cúpula. Os cinco países fecharam o ano passado com US$ 876 bilhões em vendas online, dos quais US$ 92 bilhões foram entre eles.

O comércio entre os países do BRICS representa apenas 6% do que o bloco vende e compra, o que significa um potencial notável de crescimento.

Nozes e própolis do Brasil, doces e biscoitos russos, artesanatos e especiarias da Índia e vinhos sul-africanos estão entre as compras mais frequentes dos internautas chineses no que diz respeito aos outros membros do BRICS.

Os números citados pelo vice-ministro durante a Cúpula do BRICS foram levantados pelo Instituto de Pesquisa Ali, subsidiária do Alibaba. O AliExpress, site do gigante chinês voltado para vendas internacionais, despacha principalmente, para os outros países do bloco, vestuário, celulares e outros produtos eletrônicos.

"A crescente renda disponível, o uso amplo da internet e a melhora dos serviços de pagamento e logística levam ao desenvolvimento sustentável e rápido do comércio eletrônico nos cinco países", disse Ouyang Cheng, do Instituto de Pesquisa Ali.

Em uma das várias reuniões que a China sediou desde junho com autoridades de várias pastas em preparação para a Cúpula, os ministros do Comércio prometeram fortalecer a cooperação em comércio eletrônico, além de se opor firmemente ao protecionismo e anular quaisquer medidas protecionistas.

Domingo, na abertura da Cúpula, o anfitrião Xi Jinping elogiou os progressos que os países BRICS obtiveram em comércio eletrônico e em outras frentes, como facilitação de comércio e investimento, inovação científica e tecnológica e cooperação industrial.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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