Xiamen, 4 set (Xinhua) -- A cúpula do BRICS em Xiamen oferece uma nova chance aos líderes das cinco nações-membro para preencher o déficit de governança em um momento no qual a ordem mundial necessita urgentemente de reparos.
A cúpula, com o tema "Parceria Mais Forte Para Um Futuro Mais Brilhante", incluirá discussões sobre o uso mais justo dos recursos para melhorar a infraestrutura e assegurar a livre circulação de bens e serviços dentro do bloco de mercados emergentes.
Há décadas, os recursos foram monopolizados pelos países desenvolvidos, deixando que os em desenvolvimento com déficit de infraestrutura e desenvolvimento social.
Contribuindo com mais da metade do crescimento global nos últimos dez anos, as nações do BRICS estão encontrando suas próprias soluções para lidar com a disparidade de governança
O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do bloco, que foi lançado em 2014 com foco na infraestrutura e desenvolvimento sustentável, é um bom exemplo de como seria um novo tipo de governança mundial.
Ao contrário do sistema de quotas de outras instituições financeiras internacionais com base no papel de um determinado membro, os membros do NBD têm o poder de voto igual, uma característica distintiva do banco.
A China apresentou a proposta "BRICS Plus" este ano ao convidar os líderes do Egito, Guiné, México, Tajiquistão e Tailândia para assistir ao Diálogo de Mercados Emergentes e Países em Desenvolvimento durante a cúpula e participar do diálogo com os membros do BRICS.
Isso permitirá que a cúpula do BRICS seja uma plataforma efetiva para expressar as necessidades, demandas e aspirações tanto dos países em desenvolvimento como dos subdesenvolvidos no mundo, e que a organização desempenhe um papel mais decisivo na governança global.
De acordo com Robert Lawrence Kuhn, um observador da China nos Estados Unidos, desde que não haja perfeição, faz sentido para que o bloco forneça diversidade à governança global e sirva como um teste para compartilhar a governança nos assuntos globais.
Com o aumento do protecionismo nos grandes mercados como os EUA e partes da Europa, as mensagens dos líderes do BRICS em relação à globalização do livre mercado ressoam em todo o mundo e criam oportunidades para a prosperidade mundial.
O BRICS deve entrar nesse vácuo e dar uma direção clara sobre o que eles consideram no futuro da globalização, e desempenhar seu papel na construção da próxima fase da globalização.
Com o G20, a Iniciativa do Cinturão e Rota e o BRICS, a ordem mundial está passando por mudanças incrementais e avançando em direção a um mundo mais justo e equilibrado.
A China não está disposta ou é capaz de substituir ou replicar a vasta rede política e econômica mantida pelos EUA. Mas qualquer suplemento benigno para a ordem existente seria desejável para a prosperidade global
