Especialistas brasileiros elogiam êxitos conseguidos pelo mecanismo do BRICS

Fonte: CRI Português    28.08.2017 14h37

O ano de 2017 abriu a segunda “década de ouro” do mecanismo de cooperação do BRICS. Após dez anos de trabalhos, os países do BRICS não só contribuíram muito ao crescimento econômico do mundo, como também desempenham papéis cada vez mais importantes no palco internacional, destacando a importância dos países em desenvolvimento nos assuntos globais.

O professor catedrático da Escola de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, José Puppim

Ao serem entrevistados, os especialistas brasileiros elogiaram muito os êxitos conseguidos pelos cinco países sob o mecanismo do BRICS. O professor catedrático da Escola de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, um importante think-tank do Brasil, José Puppim, considera que trabalhar em conjunto faz com que as propostas e os atos dos cinco países sejam mais influentes na comunidade internacional.

“Os países do BRICS trabalhando juntos tem muito mais força, fazem mais contrapeso às instituições globais do que os países do BRICS trabalhando de forma independente. De alguma forma, o Brasil pode ter uma outra alternativa de aliança estratégica que não seja somente com os países desenvolvidos ou com os países aqui da região. Surge essa oportunidade de encaixar o Brasil numa aliança mais global. No Brasil hoje, a China é um dos principais, e talvez o principal parceiro comercial do Brasil. E a gente vê que tem crescido bastante o comércio e as relações com os outros países da esfera do BRICS.”

O professor Puppim dedicou-se nos últimos anos à pesquisa sobre o desenvolvimento sustentável dos países do BRICS. Ele avaliou positivamente os progressos alcançados pelos cinco países nesta área, especialmente na defesa do Acordo de Paris.

“Na área de mudanças climáticas, o BRICS hoje, principalmente a China e o Brasil, são as maiores forças para manter e implementar o Acordo de Paris. Os países desenvolvidos são reticentes à questão do Acordo de Paris. E os países do BRICS são os principais defensores desse Acordo de Paris. A China é um exemplo. A China, em energias renováveis, é uma das líderes mundiais.”

O diretor do Núcleo de Estudos China-Brasil da Fundação Getúlio Vargas, Evandro Carvalho

O diretor do Núcleo de Estudos China-Brasil da Fundação Getúlio Vargas, Evandro Carvalho, sublinhou que sob o quadro do BRICS, as relações sino-brasileiras conseguiram avanços em todos os sentidos, como o fato de que no ano passado os investimentos da China ao Brasil atingiram cerca de US$ 12 bilhões e um quarto das exportações do Brasil tiveram a China como destino

Ao prever a Cúpula de Xiamen que será realizada no início de setembro, Evandro Carvalho disse que a China fez boas preparações e acredita no sucesso do evento.

Especialistas brasileiros elogiam êxitos conseguidos pelo mecanismo do BRICS

“A China tem feito um trabalho extraordinário, porque eu tenho percebido que ao longo desse ano se realizou muitas conferências na China sobre o BRICS. Então esse esforço da China é extraordinário, de ouvir o máximo possível de pessoas. E dentro dessa grande escuta das opiniões, das ideias, foram várias reuniões de ministros, é um esforço portanto muito claro, muito objetivo do governo chinês de compromisso com o BRICS.” 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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