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Enfoque da China: empresários do BRICS realizam seus sonhos na China

Fonte: Xinhua    18.08.2017 13h54

Beijing, 18 ago (Xinhua) -- Depois que o empresário russo Igor Gorshkov visitou a cidade fronteiriça chinesa de Suifenhe no ano passado, ele abriu uma fábrica de salsicha russa lá em maio e seus produtos estão se tornando muito populares entre os consumidores chineses.

Sabendo que existe um enorme potencial de mercado para salsichas russas na China e que Suifenhe fornece políticas preferenciais para empresas recém-criadas estrangeiras, Gorshkov e o sócio Andrei Azarnov abriram a fábrica na "Rua de Startup Russa" na cidade na Província de Heilongjiang, nordeste da China.

A companhia desfruta de aluguel gratuito por três anos e infraestrutura de registro comercial que reúne vários serviços em um lugar só. "Nossos negócios têm se desenvolvido tranquilamente", disse Azarnov.

Seus produtos são vendidos para muitas partes do norte da China, incluindo a Região Autônoma da Mongólia Interior e as províncias de Jilin e Shandong. A rua reúne 19 negócios russos, com mais para ser abertos.

Como um dos cinco países do BRICS, a China permanece atraente para investidores estrangeiros por causa do enorme mercado e o crescimento econômico atrativo.

Como Gorshkov e Azarnov, muitos empresários dos países do BRICS vieram para a China para realizar seus sonhos, esperando cooperação mais estreita entre os cinco membros.

AMBIENTE COMERCIAL MAIS FÁCIL

"A maior motivação [de vir para a China] foi o enorme mercado consumidor, um mercado poderoso com o crescimento econômico forte", disse Moisés Oliveira, CEO da Guangzhou China-Brasil Commerce.

Oliveira visitou a China pela primeira vez em 2010 para participar da Feira de Cantão na Província de Guangdong(sul) e aprender como vender commodities chinesas no Brasil. Ele participou da feira comercial todos os anos desde então.

Em maio do ano passado, ele fundou a companhia com cinco sócios.

"Vimos uma grande oportunidade no mercado chinês. Nós estamos aqui com uma visão a longo prazo", disse Oliveira.

"Nós continuamos a fazer os produtos feitos pelos chineses servir nossos clientes no Brasil e agora os chineses têm a oportunidade de comprar os melhores do Brasil", disse ele à Xinhua.

Lyle Charles Laxton, CEO do grupo sul-africano Laxton, tem a mesma opinião sobre a China.

O ambiente comercial na China está ficando cada vez mais fácil, disse Laxton, acrescentando que o governo está trabalhando para as companhias mundiais investirem e abrirem negócios com mais facilidades.

O Conselho de Estado divulgou na quarta-feira uma série de medidas para garantir o crescimento firme do investimento estrangeiro e fazer o ambiente de investimento estrangeiro mais baseado na lei, internacionalizado e conveniente.

"O governo chinês tem incentivos e políticas amigáveis para as companhias de alta tecnologia e é proativo e útil", disse Laxton. "A cadeia de fornecimento na China apoia nossos negócios e permite criar e fabricar produtos que são competitivos no cenário mundial."

Segundo Laxton, o sul da China é o maior centro de produção de eletrônica no mundo. Estar nele é um trampolim para o mercado mundial.

"O quadro legal e sistema judicial é justo e funciona realmente. Ele nos protegeu quando pedimos proteção, o que incentiva qualquer investidor estrangeiro", disse o empresário africano à Xinhua.

CÚPULA DO BRICS FRUTÍFERA

A 9ª cúpula do BRICS será realizada na cidade costeira de Xiamen, sudeste da China, de 3 a 5 de setembro, com o tema "BRICS: Parceria Mais Forte para um Futuro Mais Brilhante".

Oliveira planeja expandir os negócios para outros países do BRICS, especialmente Índia e Rússia.

"Eu realmente espero que os países do BRICS possam manter os fortes laços e a cooperação entre as nações", disse ele à Xinhua.

Laxton sugeriu uma apresentação transparente de licitação na internet e um portal para os projetos financiados pelo Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS para que as empresas possam competir de forma padronizada e consistente.

Isso torna mais fácil para as companhias acessar os projetos relacionados com o BRICS e promover comércio e cooperação entre as nações do bloco, acrescentou ele.

Vivek Prabhakar, um indiano que tem uma agência em Beijing que envia turistas chineses para Índia e outros países do sul asiático, espera que a cúpula do BRICS traga mais intercâmbio em cultura, turismo e negócios para alcançar crescimento comum.

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