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Presidente colombiano supervisiona retirada final das forças rebeldes

Fonte: Xinhua    17.08.2017 10h23

Bogotá, 17 ago (Xinhua) -- O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, supervisionou na terça-feira a retirada final das armas revogadas pelos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Em uma cerimônia no subúrbio rural de Fonseca, uma cidade na província norte de Guajira, Santos disse que a retirada marcou "o último suspiro do conflito" entre os rebeldes e as forças governamentais, que haviam durado 53 anos.

"Com este desarmamento, com a retirada dos últimos contêineres, o conflito realmente termina e uma nova fase começa na vida da nossa nação," disse Santos.

O presidente foi acompanhado pelo chefe da missão das Nações Unidas na Colômbia, Jean Arnault, bem como representantes das FARC.

"Oito meses depois de assinar um acordo de paz, estamos testemunhando a conclusão do desarmamento," disse Santos, acrescentando que o processo foi realizado em um "tempo recorde."

Arnault confirmou que as FARC estavam completamente desarmadas. A missão da ONU retirou 8.112 peças de armas e quase 1,3 milhões de cartuchos de munição dos rebeldes e depois os incinerou.

A operação também envolveu a extração de milhares de outras armas e munições dos campos e esconderijos das FARC, incluindo mais de 22 toneladas de explosivos, 1.846 minas e 3.957 granadas de mão.

Arnault repetiu as palavras de Santos, dizendo que o "processo exaustivo" de desarmar os rebeldes marcou uma nova era.

"Nós vamos ser capazes de desenvolver zonas que nunca foram desenvolvidas," afirmou Santos, referindo-se aos territórios anteriores dos rebeldes.

O fim do conflito também significa que "a economia vai começar a crescer de novo," acrescentou.

Como parte do acordo de paz assinado por Santos e pelo líder das FARC, Rodrigo Londono, conhecido como Timochenko, em novembro de 2016, o governo prometeu investir no setor agrícola do país e realizar reformas agrárias.

Os rebeldes prometeram renunciar aos conflitos armados e buscar mudanças políticas.

Para aliviar os temores dos setores mais conservadores da Colômbia, que favoreceram continuar a combater militarmente as FARC, Santos disse: "O governo está absolutamente empenhado em manter a segurança para as zonas que eram mantidas pelos rebeldes."

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