Rio de Janeiro, 7 de agosto (Xinhua) -- O presidente do Brasil, Michel Temer, prometeu nesta segunda-feira "unir" o país e chamou a divisão do país causada pela crise política de "inaceitável."
"É inaceitável que os brasileiros enfrentem os próprios brasileiros. Devemos unir o Brasil," disse Temer em um discurso em São Paulo.
Temer sobreviveu a uma votação da Câmara dos Deputados, que o eximiu de acusações de corrupção, mas criticou o "excesso de emoções" que fez com que os defensores do governo e da oposição entrassem em conflito nas ruas e on-line.
Ele elogiou o prefeito de São Paulo, João Doria, que é visto como um possível candidato presidencial, por buscar soluções.
"Precisamos de soluções. Vejo que Dória trabalha com conciliação, sempre adicionando e juntando," disse ele. "Dória entende os problemas do país como ninguém. Sua visão não é local, também é nacional."
No entanto, o Partido dos Trabalhadores (PT) provavelmente continuará sua forte oposição a Temer. O país viu uma série de novos pedidos de adesão em julho, apesar de uma condenação por corrupção da figura principal do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado a nove anos e meio de prisão.
Ainda em liberdade enquanto apela seu caso, Lula e o PT estão se preparando para uma campanha de recrutamento no nordeste do Brasil. Em julho, o partido disse que assinou 5,141 novos membros.
A rede de televisão Globo revelou na segunda-feira que Lula assinará pessoalmente os cartões dos novos membros nos estados de Pernambuco e Paraíba.
É certo que Lula se candidatará para as eleições em 2018, embora sua sentença o impeça de assumir cargos públicos. Visto como um forte Plano B, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, acompanhará a viagem.
A região pobre do Nordeste do Brasil sempre foi uma forte base de apoio a Lula e ao PT, com o ex-presidente tendo nascido em Pernambuco.