A China e as nações integrantes da ASEAN demonstraram no domingo a sua satisfação com os objetivos alcançados na sua parceria estratégica ao longo dos últimos 15 anos, tendo concordado em dar seguimento à expansão da cooperação multilateral.

O chanceler chinês, Wang Yi, juntamente com os seus homólogos da ASEAN firmaram o compromisso durante um encontro em Manila.

Wang congratulou a ASEAN pelo seu 50º aniversário, dizendo que a China está satisfeita com os desenvolvimentos e feitos alcançados pela instituição, tendo expressado o seu desejo para que estes ocorram de forma melhor e mais rápida nos próximos 50 anos.

Enquanto importante organização regional, a ASEAN tornou-se um catalisador incontornável na promoção da integração e manutenção da paz e estabilidade regionais, frisou Wang.

A China sempre elegeu a ASEAN como uma prioridade na sua diplomacia externa, tendo, desde o ponto de partida, apoiado a ASEAN para que esta adote um papel central na cooperação regional, assim como detenha uma maior autoridade em questões internacionais e regionais, asseverou o chanceler chinês.

No advento do 15º aniversário da parceria estratégica China-ASEAN, celebrado no próximo ano, ambas as partes enfrentam um ponto crítico de aproximação mútua, destacou Wang, deixando o apelo a que ações futuras possam construir uma parceria estratégica bilateral mais profunda, bem como uma comunidade de destino comum para a China e para a ASEAN.

Wang Yi anunciou uma proposta chinesa de sete alíneas para delinear o futuro da cooperação China-ASEAN:

Primeiro: formular uma visão de 2030 para a parceria estratégica China-ASEAN, que sirva de base para gerir o futuro das relações entre ambas as partes.

Segundo: criar uma sinergia entre a iniciativa do Cinturão e Rota e o Plano Mestre para a Conectividade da ASEAN.

Terceiro: designar o ano de 2018 como Ano da Inovação China-ASEAN, abrindo portas para a total complementaridade ao nível do desenvolvimento despoletado pela inovação na China e na ASEAN.

Quarto: apostar no rápido melhoramento da Zona de Livre Comércio China-ASEAN, com base nos resultados obtido até à data, assegurando em conjunto o livre comércio global.

Quinto: implementar o Comunicado Conjunto China-ASEAN para a Cooperação na Capacidade de Produção. Potenciar o processo de industrialização de ambas as partes.

Sexto: construir novos pilares para o intercâmbio interpessoal e para a cooperação; assegurar o sucesso do Ano de Cooperação Turística China-ASEAN, e emitir um comunicado conjunto no âmbito da cooperação turística, visando a consolidação do apoio do público e da sociedade às relações bilaterais.

Sétimo: levar a cabo negociações em torno da Parceria Econômica Integral Regional e liderar em conjunto o processo de integração regional.

No que concerne às disputas no Mar do Sul da China, os chanceleres destacaram os avanços positivos obtidos no ano passado. Foi aprovado o enquadramento do Código de Conduta, e expressada a vontade de incrementar as consultas no último, através da completa implementação da Declaração de Conduta das Partes no Mar do Sul da China.

Antes do encontro, os ministros estrangeiros 10+1 assinaram a versão revisada do Memorando de Entendimento para o Estabelecimento do Centro China-ASEAN.