Ativistas brasileiros ocupam propriedades de políticos corruptos

Fonte: Xinhua    27.07.2017 13h13

Rio de Janeiro, 27 jul (Xinhua) -- Milhares de ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil ocuparam na terça-feira propriedades de políticos e executivos acusados de corrupção.

Em uma declaração, o MST disse que as ocupações foram realizadas como parte de uma campanha para promover a reforma agrária e para protestar contra a corrupção e a administração do presidente brasileiro Michel Temer.

Na terça de manhã, cerca de 800 membros do MST ocuparam o rancho Esmeralda, no interior de São Paulo. A propriedade, que abrange cerca de 1.500 hectares, pertence à empresa de arquitetura Argeplan. Um dos donos da Argeplan é o João Batista Lima Filho, um amigo pessoal próximo e ex-conselheiro de Temer.

No estado de Mato Grosso, outro grupo ocupou uma plantação de soja de propriedade da corporação Amaggi, que pertence à família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

No estado do Rio de Janeiro, cerca de 350 pessoas ocuparam a propriedade de Santa Rosa na cidade de Piraí, que pertence a Ricardo Teixeira, que liderou a Confederação Brasileira de Futebol por mais de 20 anos.

Algumas casas também foram ocupadas em outras áreas em todo o país, incluindo Tocantins, Paraná e Bahia.

O MST, que diz representar milhares de agricultores brasileiros que procuram terras para cultivar, anunciou em uma declaração que exigia que "os corruptos nos devolvam a terra."

O Brasil vem passando por uma crise política, já que alguns funcionários do governo, inclusive o presidente, estão implicados em acusações de corrupção.

Temer foi acusado de solicitar subornos do setor privado em troca de benefícios estatais, como empréstimos e contratos governamentais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado este mês a quase 10 anos de prisão por corrupção.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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