A Índia é uma das poucas exceções. Ao contrário de outros países do Sul da Ásia, a Índia se opõe à iniciativa, uma vez que considera uma tentativa da China de contornar o país.

Do ponto de vista da Índia, com o desenvolvimento de novas infraestruturas que ligam a China e os países do Sul da Ásia, o comércio, o investimento, as zonas industriais e todos os tipos de serviços, seguirão o desenvolvimento e construção de estradas, ferrovias e portos. Deste modo, a Índia teme que o sul da Ásia seja atraído para a órbita da possante economia chinesa, e que daí resulte uma alavancagem política.

Embora a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota tenha sido proposta pela China, é também do interesse dos outros países participantes, uma vez que incorpora o espírito de paz e cooperação, abertura e inclusão, aprendizagem e benefício mútuos.

A interpretação da Índia face às oportunidades decorrentes do desenrolar da iniciativa depende, contudo, dos seus políticos.

A atitude da Índia em relação à construção rodoviária da China na era da globalização reflete a sua falta de visão, intransigência e intolerância. Além disso, transparece não só a lacuna existente em termos do PIB dos dois gigantes asiáticos, mas também a ampla falta de confiança, abertura e inclusão.

Enquanto a China está avança no século 21, a Índia permanece no século 19. A sua estratégia retrógrada é um erro histórico.

O autor deste artigo é um coronel comandante e membro sénior da Academia de Ciências Militares do Exército de Libertação Popular