Opinião: Por que é a Índia sensível à construção rodoviária da China? (2)

Fonte: Diário do Povo Online    26.07.2017 14h11

A guerra fronteiriça sino-indiana de 1962

A Força Aérea da Índia conta também com uma vantagem: os seus 22 aeródromos no setor oriental, localizados nas imediações da Linha de Controlo Real. Deste modo, caças e bombardeiros poderão descolar sem penalidades de carga útil e necessitarão de menos combustível para alcançar os seus alvos.

Com a avançada implantação militar suprarreferida, é ridículo que a Índia se percecione como a parte mais fraca e veja a construção da estrada da China em Doklam como uma ameaça. As ações da Índia podem apenas ser explicadas à luz da busca da hegemonia regional ou da manifestação de um complexo de inferioridade.

As estradas podem ser o caminho para a riqueza ou o caminho para a guerra. Tal como o ditado chinês "construir estradas antes de construir riqueza" indica, a construção rodoviária tem desempenhado um papel importante no rápido desenvolvimento do país, não só trazendo riqueza para a China, mas também abrindo o caminho para a cooperação entre a China e os países vizinhos.

Infelizmente, a Índia depreende que as infraestruturas construídas nas áreas fronteiriças são apenas para uso militar, não dando relevância ao seu valioso papel no desenvolvimento económico.

Na verdade, o incidente de transgressão em Doklam forçou a China a fechar o cruzamento da fronteira de Nathu La, impedindo os peregrinos indianos de visitar o Lago Manasarovar, no Tibete, local sagrado tanto para os hindus quanto para os budistas, e, consequentemente, prejudicando a indústria do turismo de Sikkim, que corresponde a 65% do seu PIB.

A Índia prosseguiu com uma estratégia de negligência deliberada em relação às suas áreas fronteiriças nas décadas que se seguiram à guerra fronteiriça sino-indiana de 1962, entendendo que a escassez de infraestruturas dificultaria qualquer invasão do norte. Apenas nos últimos anos Nova Deli reconheceu a inutilidade dessa estratégia e solicitou grandes atualização infraestruturais na fronteira.

No entanto, nos últimos anos, a conectividade infraestrutural na Eurásia foi aprimorada, especialmente com a implantação da iniciativa chinesa “Um Cinturão, Uma Rota”, que, atribuindo prevalência ao benefício recíproco e desenvolvimento comum, foi calorosamente recebida por uma esmagadora maioria dos países do mundo.


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(Web editor: Renato Lu, editor)

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