As autoridades de Shanghai encerraram os recentemente inaugurados hotéis cápsula compartilhados em edifícios de escritórios, citando riscos de incêndio e outras causas.
Semelhantes aos hotéis cápsula no Japão, as cápsulas surgiram em edifícios de escritórios em Shanghai e em outras cidades, tendo sido projetadas para oferecer aos funcionários um espaço para uma pausa.
A repressão em Shanghai aconteceu após a suspensão do serviço em Beijing e Chengdu, província de Sichuan.
"As cápsulas geralmente estão em um espaço estreito, onde lesões ou até mesmo a morte podem ocorrer facilmente em caso de incêndio", explicou Li Min, engenheiro da divisão de combate a incêndios da Nova Área de Pudong, que ajudou a inspecionar as cápsulas na Torre Internacional de New Shanghai International Tower na segunda-feira.
"O fumo e gases nocivos se reúnem mais rapidamente nesses espaços”, acrescentou.
A polícia de Shanghai disse também que o serviço foi suspenso por falta de permissão do departamento de bombeiros ou uma licença para administração de serviços hoteleiros.
As cápsulas, desenvolvidas pela empresa de tecnologia Beijing Xiangshui Space, estão equipadas com acessórios elétricos, incluindo uma lâmpada, ventilador e tomadas elétricas. As pessoas podem obter roupas de cama descartáveis gratuitas, incluindo lençóis, fronhas e cobertores. Tampões para os ouvidos estão também disponíveis.
Qualquer pessoa pode pagar o aluguel de uma cápsula digitalizando o seu código QR. As cápsulas em Shanghai oferecem serviços de 24 horas, sendo que o custo de cada meia hora é de 10 yuan (1,50 dólares) durante as horas de pico (11 a 14 horas) e 6 yuan em outros horários. O limite máximo é de 58 yuans por dia.
O website da Xiangshui Space manteve-se fora de serviço na quarta-feira, para "atualização do sistema".
O CEO Dai Jiangong disse à Beijing News na quarta-feira que a empresa estava "recolhendo" os seus produtos para atualização a pedido das autoridades em diferentes cidades, informando ainda não foi vítima de qualquer penalização.
As cápsulas foram introduzidas à medida que a economia compartilhada floresce na China através de produtos como bicicletas, guarda-chuvas, carregadores, carros e até bolas de basquetebol.
No caso das cápsulas, muitos internautas expressaram preocupações quanto à higiene e riscos de incêndio.