
A China se tornou o segundo maior mercado de aviação civil no mundo, seguida pelos EUA, com mais de mil pilotos estrangeiros a trabalhar para as companhias aéreas nacionais até 2016, noticiou o jornal Beijing Youth Daily.
De acordo com as últimas estatísticas da Administração de Aviação Civil da China (CAAC, na sigla inglesa), até o final de 2016, um total de 2933 aeronaves civis e 1005 pilotos estrangeiros trabalharam na parte continental da China.
O desenvolvimento rápido do tráfego aéreo na China levou à carência de pilotos domésticos, visto que as academias locais de treinamento não são suficientes para atender a demanda da indústria.
A prática comum da vinculação contratual de longo prazo de um piloto chinês com as companhias nacionais dificulta também o recrutamento de talentos locais, o que contribui para o agravamento da situação.
Além da Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines — as três companhias aéreas estatais líderes de mercado no país, com amplos quadros nacionais — as companhias aéreas privadas preferem recrutar pilotos estrangeiros, oferecendo uma remuneração lucrativa, quatro vezes superior ao salário de um piloto local, segundo o Beijing Youth Daily.
Um elevado número de férias, pacotes de compensação e benefícios de liderança mundial, bem como a oportunidade de acrescentar ao currículo uma experiência valiosa, são os argumentos principais para os estrangeiros optarem por pilotar aviões na China.
O processo do recrutamento de pilotos estrangeiros está já consolidado, com caça-talentos especializados a sugerirem possíveis candidatos. Cada um destes candidatos é submetido a um exame e avaliação restrito antes de assinar contrato, disse Wu Minghang, oficial da Shenzhen Airlines, em entrevista ao Beijing Youth Daily.
Estima-se que os três gigantes aéreos da China empreguem 160 pilotos estrangeiros, enquanto outras companhias contavam em 2016 com um contingente de 845 pilotos.
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