Por Liu Wei
A 12ª Cúpula do G20 será inaugurada em Hamburgo, na Alemanha, nesta sexta-feira.
Atualmente, a economia mundial enfrenta um período de flutuação, com uma queda no investimento. A Europa atravessa um período de instabilidade, após a crise dos refugiados, eleições em vários países com relevância mundial e agitação política. Os movimentos antiglobalização, o protecionismo comercial e o populismo intensificaram-se. O panorama econômico tem-se tornado cada vez mais complexo e incerto, com inquietações e expetativas, desafios e oportunidades.
Neste contexto, como principal fórum para cooperação econômica internacional, a Cúpula do G20, realizada em Hangzhou em 2016, avançou com a “construção de uma economia mundial inovadora, revigoradora, conectada e inclusiva”, eliminando a “doença econômica global” com o “remédio chinês”.
Em dezembro de 2016, a Alemanha recebeu da China o cargo de presidência rotativa do G20, definindo como tema da cúpula a “formação da conexão mundial”.
2017 será o ano da mudança sustentável da economia mundial e de crescimento global, tornando-se um marco importante na história do desenvolvimento do G20. Como promover ainda mais o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico, através dos mecanismos do G20, é uma questão importante a ser ponderada pelos membros.
O G20 deve funcionar como um “amortecedor” para a prevenção de riscos. Nos últimos dois anos, a economia mundial tem enfrentado uma nova corrente fria, com as grandes economias a “varrer as entradas” antes da queda de neve.
Por um lado, a tendência dos bancos centrais principais de se desviarem das políticas monetárias para o futuro desenvolvimento do sistema de divisa universal acarreta incertezas. Por outro, a política de taxas dos EUA, Europa e outros países, como ponto de partida para a competição global tem-se tornado gradualmente mais intensa.
Os fatores de risco da economia global continuam a acumular-se, sendo por isso necessário o reforço da cooperação dos membros do G20, de forma a enfrentar os problemas da economia mundial com uma atitude mais aberta, conectando o modo de cooperação e eliminando a diferença no desenvolvimento entre todos os países do mundo.
O G20 deve tornar-se a “fonte de energia” para o desenvolvimento sustentável. Para o reequilíbrio da gestão da economia mundial é necessário um desenvolvimento sustentável, inclusivo e interconectado.
Para obter o desenvolvimento sustentável desejado, segundo os mecanismos do G20, é necessária a criação de um sistema mundial inovador que promova a cooperação na governança global da economia em vários aspetos.
O reforço da inovação, a idealização de novas formas de força-motriz, a criação de novos produtos para o mercado de vendas e a interação entre vários tipos de agentes, darão um novo impulso à economia mundial.
O G20 deve tornar-se o “núcleo” do sistema de governança global. Desde o planeamento detalhado ao estabelecimento de uma rede de coordenação normalizada, prestando a devida atenção aos países do BRICS e a outros sistemas multilaterais, de modo a que estes mecanismos se tornem políticas principais de compartilhamento de responsabilidades.
Ao mesmo tempo, através do mecanismo do G20, é possível impulsionar a cooperação inerente à Iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota”, dando uma nova e mais ampla perspetiva aos ideais dos membros, e tornando o G20 no pilar do sistema de governança global.
(A autor é reitor a Universidade Renmin da China)