China oferece mais provas sobre incursão fronteiriça das tropas indianas

Fonte: Xinhua    04.07.2017 15h24

Beijing, 4 jul (Xinhua) -- O trepasse das tropas fronteiriças indianas no território chinês foi descrito na segunda-feira como "muito grave" por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"A situação atual é totalmente diferente das confrontações prévias entre as tropas fronteiriças de ambas as nações, que ocorreram em uma parte da fronteira China-Índia não definida", disse o porta-voz Geng Shuang.

O cruzamento último ocorreu na seção Sikkim da fronteira China-Índia, que é demarcada há muito tempo, disse Geng. Esta seção foi definida na Convenção entre Reino Unido e China Relacionada a Sikkim e Tibete em 1890, acrescentou.

De acordo com a convenção, a linha fronteiriça começa no monte Gipmochi no leste e segue a separação de água até chegar ao Nepal, disse Geng durante uma coletiva de imprensa.

Geng assinalou que os sucessivos governos indianos tinham reconhecido a demarcação por escrito e estiveram de acordo com a fronteira entre Sikkim e o Tibet.

Os documentos entre os governos chinês e indiano mostram que o ex-primeiro-ministro indiano, Jawaharlal Nehru, admitiu diversas vezes em nome do governo indiano que a fronteira Sikkim-Tibet foi definida pela convenção de 1890, disse Geng.

Em uma carta dirigida ao então primeiro-ministro chinês, Zhou Enlai, em 22 de março de 1959, Nehru disse que a fronteira do protetorado de Sikkim da Índia e o Tibet da China foi definida pela convenção de 1890 e marcada pelas duas partes no terreno em 1895.

Em outra carta de Nehru a Zhou em 26 de setembro do mesmo ano, Nehru reiterou a informação e acrescentou que não havia disputa em relação à fronteira entre Sikkim e o Tibet.

"Estes documentos mostram que a ação atual da Índia é contrária à posição consistente do governo indiano", disse Geng.

Ele assinalou que as tropas fronteiriças indianas passaram pela linha fronteiriça reconhecida pelas duas partes e entraram no território chinês e que a ação da Índia violou a convenção de 1890, assim como as normas básicas da Carta da ONU e as leis internacionais.

A China apresentou um protesto diante da Índia em diversas ocasiões, pedindo que o país obedeça à convenção fronteiriça atual, respeite a soberania territorial da China e retire imediatamente suas tropas fronteiriças que entraram na China, disse Geng.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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