Beijing, 30 de junho (Xinhua) -- O retorno da carne bovina dos Estados Unidos ao mercado chinês oferece um vislumbre da essência do comércio China-EUA com ambos os lados se beneficiando dos cortes suculentos.
Para cumprir sua promessa de impulsionar os laços econômicos bilaterais como parte do plano de ação de 100 dias China-EUA, a China aprovou a importação de carne bovina dos Estados Unidos, encerrando uma proibição de 14 anos causada por preocupações com doença de vaca louca.
Em reciprocidade, os Estados Unidos também aprovaram importações de ave cozinhada da China.
A China recebeu na semana passada a primeira remessa de carne bovina dos Estados Unidos, compradas pela chinesa Cofco Meat Holdings da americana Tyson Foods. É apenas uma questão de tempo para os cortes suculentos de carne atingirem as prateleiras de supermercados e varejistas online e as mesas de jantar das famílias chinesas.
Antes da proibição, que entrou em vigor em 2003, os Estados Unidos eram o maior fornecedor de bovina estrangeiro da China, oferecendo mais de dois terços de carne importada da China. Cerca de 14 anos depois, o mercado é bem diferente.
Com uma crescente classe média, a China se tornou no consumidor com o mais rápido crescimento e segundo maior importador do mundo de produtos de carne bovina, depois dos Estados Unidos.
No ano passado, o país importou 825 mil toneladas de bovina no valor total de US$ 2,6 bilhões dos Estados Unidos, em comparação com os US$ 15 milhões em 2003.
Especialistas pertinentes preveem que a China se tornará o maior mercado de carne bovina do mundo e um importante importador de produtos de bovina dos Estados Unidos, acrescentando que o potencial vem dos melhores gostos e de uma demanda de carne de melhor qualidade dos chineses.
Quanto ao impacto nos produtores e processadores de carne bovina norte-americanos, o mercado chinês está ainda no começo, mas existem oportunidades animadores adiante.
É por isso os produtores de gado norte-americanos estão bastente contentes. Os estados produtores de carne bovina estão correndo para assegurar uma participação do lucrativo mercado chinês.
O secretário de Agricultura de Nebraska está viajando para a China celebrando a chegada da primeira remessa de carne bovina do Estado desde 2003. Processadores de bovina em Iowa, bem conhecido pelo Angus alimentado com milho, estão preparando documentos de exportação.
Na sexta-feira, o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, e o novo embaixador norte-americano na China, Terry Branstad, realizaram uma cerimônia em Beijing e cortaram uma costela para celebrar o retorno de carne bovina dos Estados Unidos à China.
Segundo Perdue, isso é uma notícia maravilhosa para a indústria de bovina, criadores de gado, e a economia dos Estados Unidos em geral.
"Teremos mais uma vez o acesso ao enorme mercado chinês, com uma forte e crescente classe média, que havia sido fechado aos Estados Unidos por muito tempo", disse ele.
Os consumidores chineses estão encantados de ter mais escolhas.
Antes disso, o país importava carne bovina principalmente da Austrália, Nova Zelândia, Brasil e Uruguai. Agora a carne norte-americana é uma alternativa competitiva.
A primeira remessa de bovina norte-americana da Cofco foi esgotada rapidamente em seu site de compra Womai.com.
Faz sentido para consumidores chineses ficar exigente. Os requisitos para importações de carne dos Estados Unidos na China estipulam que o gado deve ter nascido nos Estados Unidos e nunca ter sido alimentado com qualquer hormônio de crescimento. Os produtores norte-americanos não devem subestimar as preocupações dos consumidores chinesas com hormônios acrescentados na carne.
O comércio de carne reflete os laços comerciais entre os dois países em geral. Apesar de voltas e reviravoltas, a relação continua a seguir em frente.
O comércio sino-americano atingiu mais de US$ 500 bilhões em 2016, ante US$ 1 bilhão antes do estabelecimento das relações diplomáticas, lembrou Li.
Atrás dos números são mais empregos, melhor qualidade de vida, e menores custos de vida para as pessoas de ambos os países. As duas maiores economias do mundo formaram uma relação inseparável de interesses comuns.
Uma attitude aberta e receptiva ajudará a melhorar o sabor, a maciez e a suculência do comércio China-EUA no século 21.