China procura diversificar fontes energéticas

Fonte: Diário do Povo Online    19.06.2017 13h36

Apesar de ainda a 15 anos do uso comercial, o hidrato de clatrato, intitulado de “combustível gelado”, e a sua extração de sucesso na China, é vista como um marco da revolução energética global.

Investigadores chineses têm explorado 210,000 metros cúbicos de gelo combustível retido em cristais congelados no Mar do Sul da China nos 30 dias desde que um teste de perfuração e operação de produção no início de maio. A produção diária atingiu os 6,800m3.

 “Esta será uma nova revolução energética, liderada pela China, no seguimento da revolução norte-americana do xisto, que irá moldar a estrutura energética global”, disse Li Jinfa, vice-diretor da China Geological Survey, que está sob o comando do Ministério da Terra e dos Recursos.

As reservas de hidratos de clatrato, conhecidos por combustível gelado, no Mar do Sul da China estão estimadas em um valor de 80 bilhões de toneladas métricas de petróleo, acrescentou.

O ministério anunciou que iria formular políticas para encorajar a participação na exploração de vários tipos de combustível gelado, enquanto aspetos incluindo a delineação de exploração, garantia de licenças de extração, entre outros, terão prioridade, para que seja possível pavimentar o caminho rumo à sua comercialização.

De acordo com um relatório de uma investigação geológica, energética e mineral da China em 2016, os hidratos de clatrato do país poderiam perdurar ao longo de 100 anos, bem como ser a próxima grande oportunidade na China em termos energéticos.

A escolha de expansão vigorosa da China na extração de gelo inflamável no momento, se deve à urgência de substituir as fontes energéticas convencionais para otimizar a sua estrutura e aliviar os problemas causados pela carência de energia, segundo os analistas.

“A nação depende atualmente de importações de crude. A extração desta alternativa irá incrementar consideravelmente a segurança energética, reforçando o uso de tecnologias de produção de energia limpa”, destaca Lu Hailong, professor do Instituto de Investigação Oceânica da Universidade de Pequim.

Han Wenke, diretor do Instituto de Investigação Energética da Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma, disse que as preocupações ambientais têm forçado a China a diversificar a sua balança energética.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a China tem vindo a depender de petróleo importado, acompanhando o aumento das demandas, sendo que está estimado que a dependência do país em 2020 possa superar os planos do governo. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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