Português>>Mundo Lusófono

Indústria informática do Brasil vê com bons olhos o exemplo chinês

Fonte: Diário do Povo Online    13.06.2017 13h51

Objetivando a promoção da indústria online da China no Brasil, a Agência de Promoção de Negócios Digitais entre Brasil e China – CBIPA (China Brazil Internet Promotion Agency) promoveu recentemente em São Paulo, a Chinnovation 2017 — o maior encontro já realizado entre executivos da indústria de internet dos dois países.

Na China, quando chega a hora da refeição, o prato favorito está à distância de alguns cliques no celular.

No Brasil, é necessário um cartão de crédito local para pagar com antecedência o preço da refeição e o dispendioso custo da entrega ao domicílio.

“Senti a falta da conveniência da minha vida Shanghai, onde morei por cinco anos, depois que regressei ao Brasil”, disse a empresária Tânia, natural do sul do Brasil.

Há alguns anos atrás, Tânia rumou à Ásia para iniciar alguns negócios. Até à data, tem já restaurantes em 17 cidades chinesas.

Na China, é necessário apenas um celular para efetuar pagamentos na maioria dos estabelecimentos comerciais. Depois de regressar ao Brasil, tem de levar consigo o cartão de crédito, dinheiro e cartão de supermercado.

“Consigo experienciei o rápido desenvolvimento da revolução digital no meu dia-a-dia na China e acho que o Brasil tem necessidades semelhantes”, disse.

O mercado da internet no Brasil tem “possibilidades ilimitadas”, disse Wei Fangdan, CEO do Baijingapp, uma plataforma que auxilia empresas chinesas de internet a investir em mercados estrangeiros.

Segundo Wei, apesar do desenvolvimento lento da indústria do online no Brasil, este é “absolutamente, um grande mercado de internet, surgindo logo depois da China nos rankings dos países em desenvolvimento”.

“O Brasil é o maior país da América Latina, tendo 58% da sua população na classe média. Os dados mostram que em 2016 o Brasil totalizou 140 milhões de usuários de internet, um valor que supera metade da população nacional”, afirmou Wei.

O CEO acrescentou que o Brasil é o país com a maior intensidade do uso de internet, com cada usuário a gastar diariamente, em média, 3,9 horas de acesso à internet via computador, e 5,2 horas via aparelhos móveis.

Esse fato é suficiente para pavimentar a digitalização da vida cotidiana no país e um facilitador do investimento chinês.

Atualmente, os gigantes chineses como Alibaba, Baidu e Meitu, já entraram no mercado brasileiro e acumularam um grande número de usuários.

Guilherme Bonifácio, CEO da Rapiddo, uma plataforma de comércio eletrônico brasileira, afirma que o mercado do seu país tem potencial e é pertinente de ser explorado.

Uma combinação entre capital, talentos e operação de produtos da China com grupos nativos do Brasil pode propiciar um salto para este setor no país latino-americano, assinalou.

Nos últimos cinco anos, o número de encomendas efetuadas por aplicativos de celular cresceu em 80% no Brasil, com uma expectativa de atingir o patamar de 10 milhões até o fim deste ano.

Com o aumento do conhecimento e da popularidade deste modelo de compras, as novas formas de operação e pagamento poderão se tornar mais maduras e diversificadas no Brasil.

O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, afirmou que tanto as empresas como o governo do Brasil almejam cooperar com a China nos setores da alta tecnologia e da inovação. 

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar: