China-Panamá: estabelecimento de relações diplomáticas podem garantir cooperação bilateral

Fonte: Diário do Povo Online    14.06.2017 11h08

Canal do Panamá

A República Popular da China e a República do Panamá anunciaram nesta terça-feira o estabelecimento de relações diplomáticas — um marco que poderá catalisar a cooperação comercial entre a China e a América Central.

Na verdade, a China e o Panamá mantinham já um intercâmbio comercial próximo antes do estabelecimento das relações diplomáticas. Em 1996, os dois países estabeleceram mutuamente escritórios representativos de comércio.

Atualmente, o Panamá ocupa a oitava posição na lista de parceiros comerciais da China na América Latina, sendo também o quinto maior destino de exportações na região.

De acordo com a alfândega chinesa, o valor do comércio bilateral registrado em 2016, atingiu os US$ 6,5 bilhões. 90% das mercadorias circuladas no comércio entre os dois países é transferido para outras regiões latino-americanas por via da zona de livre comércio de Colón - a China é o maior fornecedor e parceiro comercial da cidade.

“Devido à ausência de relações diplomáticas, o aprofundamento do comércio e do investimento cruzava-se com os riscos políticos. Agora o potencial é muito elevado”, disse Zhao Ping, diretora de pesquisa do comércio internacional do Instituto do Comitê da Promoção Comercial da China.

No entender de Zhao, o estabelecimento das relações diplomáticas sinaliza que a China e o Panamá criarão um canal de contato governamental, o que poderá oferecer novas garantias: não só para facilitar a cooperação comercial, mas também para resolver de forma adequada possíveis disputas.

Do ponto de vista de Bai Ming, pesquisador do mercado internacional do instituto do Ministério do Comércio da China, a exploração do potencial de cooperação comercial entre países não só depende do esforço do setor cívico, mas também do apoio dos governos. “O supracitado estabelecimento das relações diplomáticas pode ajudar a diminuir as barreiras e riscos das empresas chinesas face ao investimento no Panamá.”

A cooperação da capacidade produtiva se tornou um novo ponto de acréscimo entre a China e os países latino-americanos.

Os dados revelam que a China já fechou acordos de empreitada com os países da América Latina e do Caribe no valor de dezenas de bilhões de dólares, incluindo projetos de gás natural, tubulação, usinas de energia elétrica, estradas, portos, caminhos de ferro, entre outros. A importação de maquinaria chinesa terá também uma nova oportunidade para registrar progressos.

Bai Ming defende ainda que a cooperação na capacidade produtiva deve ser realizada com o apoio dos órgãos governamentais. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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