China "seriamente preocupada" com assassinato de chineses sequestrados no Paquistão

Fonte: Diário do Povo Online    09.06.2017 09h46

BEIJING, 9 de jun (Diário do Povo Online) - A China expressou na sexta-feira a sua preocupação com o assassinato de dois chineses sequestrados no Paquistão no final do mês passado.

"Tomamos conhecimento dos relatórios relevantes e expressamos a nossa séria preocupação", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em resposta aos acontecimentos, acrescentando que nos últimos dias tinham sido realizadas várias tentativas de resgate dos reféns.

"A China está trabalhando para assimilar e verificar informações relevantes através de vários canais, incluindo o trabalho com as autoridades paquistanesas", afirmou Hua.

"A China é contra qualquer ato de sequestro de civis e se opõe ao terrorismo e à violência extrema sob qualquer forma", reiterou Hua.

O Estado islâmico (EI) assassinou dois professores chineses, sequestrados na província do Baluchistão, sudoeste do Paquistão, no mês passado, segundo a agência de notícias do grupo militante Amaq, nesta quinta-feira, tendo sido reportado pela Reuters à meia-noite de sexta-feira.

A reportagem da Reuters cita um porta-voz do governo do Baluchistão que afirmou que as autoridades locais estavam no processo de confirmação da "veracidade do relatório".

(img) Um soldado de vigia próximo do local onde dois professores de língua chinesa foram sequestrados por homens armados não identificados, em Quetta, no Paquistão, a 24 de maio de 2017.

Os dois professores de mandarim, a lecionar no município paquistanês de Jinnah, cidade de Quetta, na província do Baluchistão, foram capturados por homens armados que se fizeram passar por policiais, a 24 de maio, revelou o jornal paquistanês The Dawn, há duas semanas atrás.

O relatório aponta que três cidadãos chineses - duas mulheres e um homem - foram intercetados por três pessoas, enquanto saíam de um centro de línguas, tendo sido forçados a entrar num veículo branco sob ameaça de armas. Uma das mulheres conseguiu escapar durante a comoção, quando os sequestradores dispararam tiros de advertência para o ar a fim de assustar os transeuntes. Os outros dois, um casal, foram levados.

O EI, que controla algum território no vizinho Afeganistão, tem tentado estabelecer a sua presença no Paquistão. Contudo reivindicou a autoria de vários ataques importantes, incluindo o atentado ocorrido no mês passado no Baluchistão, o qual deixou 25 vítimas mortais.

No início desta quinta-feira, o exército do Paquistão publicou detalhes de uma rusga a um esconderijo em uma caverna nas proximidades de Quetta, afirmando ter eliminado 12 "terroristas extremistas" de um grupo islâmico local proibido, impedindo, assim, que o EI estabelecesse um "ponto de apoio" no Baluchistão, informou a Reuters. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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