São Paulo, 1º jun (Xinhua) -- Funcionários brasileiros e chineses lançaram em conjunto um fundo de promoção de investimento Brasil-China na terça-feira, com o fim de aumentar a capacidade produtiva.
O fundo, já em operação, terá um investimento inicial de US$ 20 bilhões para financiar projetos de investimento no Brasil que beneficiem ambos os países.
Ele promoverá o investimento ao reunir os setores públicos e privados dos dois países e investir em projetos em infraestrutura, manufatura, agronegócios e tecnologia.
Representantes do Ministério do Planejamento do Brasil e do Fundo de Investimento para Cooperação Industrial na América Latina da China (Claifund) fizeram a declaração no Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo.
Na cerimônia de abertura, o embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, disse que o Fundo China-Brasil é o resultado de um esforço conjunto de longo prazo e um reforço dos laços bilaterais estratégicos entre os dois países.
"Com a nossa parceria estratégica abrangente, o Brasil é uma prioridade para a estratégia da China de expandir a capacidade produtiva. O Fundo China-Brasil garante o mecanismo financeiro para expandir a cooperação", assinalou ele.
"O funo reflete um nível de cooperação mais alto para ambos os países e criará um novo modelo de cooepração financeira", acrescentou Li.
O ministro do Planejamento Dyogo Oliveira afirmou que o fundo entra em operação no momento certo, dado que a recessão econômica de dois anos do Brasil, a mais longa na sua história, começa a mostrar que está chegando ao fim.
Segundo ele, o lançamento do fundo é marcado por importância particular, pois confirma a confiança entre o Brasil e a China. "Isso acontece em um momento em que nós e nossos parceiros internacionais estamos procurando apoio para projetos em infraestrutura, energia e tecnologia."
O mecanismo inovador é o primeiro do tipo na América Latina, ressaltou o ministro, pois o Brasil se torna no primeiro país na região a participar de um fundo administrado conjuntamente pela China.
Os projetos aprovados pela diretoria do fundo receberão o financiamento do Claifund, BNDES e Caixa Econômica Federal.
Os setores prioritários incluem logística e infraestrutura, energia e recursos minerais, alta tecnologia, agricultura, agronegócios e armazenagem agrícola, manufatura e serviços digitais, entre outros.
De acordo com o acordo, a China vai colocar R$ 3 para cada real investido pelo Brasil, com os iniciais US$ 20 bilhões incluindo 5 bilhões do Brasil e 15 bilhões da China.
Ambos os lados prometeram acrescentar o financiamento se os projetos pedirem mais.
O ministro da Agricultura Blairo Maggi elogiou a criação do Fundo China-Brasil.
A China e o Brasil estabeleceram uma parceria estratégica abrangente em 2012, três anos depois que o país asiático se tornou no maior parceiro comercial do Brasil.