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Submersível chinês “Jiaolong” atinge profundezas do oceano

Fonte: Diário do Povo Online    24.05.2017 10h02
Submersível chinês “Jiaolong” atinge profundezas do oceano
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O Jiaolong, o submersível tripulado da China, mergulhou na Fossa das Marianas na terça-feira, fazendo o primeiro, de uma série de três mergulhos, naquela que é a 38ª expedição oceânica do país.

O engenho atingiu uma profundidade de 4,8km às 9:49, hora local, e permaneceu submerso por um total de 9 horas, segundo Tang Jialing, o piloto do Jiaolong.

A Fossa das Marianas – na região oeste do Pacífico, fica a cerca de 200km a sudoeste de Guam – sendo o local da Depressão Challenger, o vale mais profundo do oceano. O mergulho de terça-feira foi realizado ao longo da secção norte do vale, de 11km de profundidade.

Durante os próximos anos, o Jiaolong irá realizar na Fossa das Marianas outro mergulho de 6,3km e outros três de 6,7km.

Durante os mergulhos, será realizada a recolha de amostras de água do mar, sedimentos, rochas e criaturas das profundidades do oceano, por forma a estudar as propriedades geoquímicas e a atividade biológica local, segundo Tang.

Nas últimas missões, o Jiaolong irá reaver um mecanismo de recolha de amostras ali colocado no ano passado, a 6km de profundidade.

De seguida, a expedição irá rumar à Fossa Yap, na extremidade sul da Fossa das Marianas, estando prevista a realização de 5 mergulhos adicionais.

A 38ª expedição oceânica, que teve início a 6 de fevereiro, é a mais longa e inclui o maior número de missões até à data para o Jiaolong.

A primeira das suas três fases teve lugar no oceano Índico, ao longo de 59 dias, e a segunda no Mar do Sul da China, por 34 dias, de acordo com o Centro Nacional do Mar Profundo da China.

A Terceira fase teve início a 16 de maio, quando o navio de expedições científicas Xiangyanghong 09 partiu para as fossas das Marianas e Yap, carregando o submersível e 96 cientistas.

O final da expedição está agendado para 9 de junho, quando o Xiangyanghong 09 retornar ao porto.

As profundezas do oceano são frequentemente referidas como a última fronteira da terra. A sua exploração pode permitir uma melhor compreensão da forma como os organismos se adaptam e vivem nas condições mais agrestes do mundo, segundo Wu Changbin, comandante da terceira fase da expedição.

O solo marítimo da fossa das Marianas tem temperaturas compreendidas entre 1 e 4 graus centígrados e uma pressão atmosférica 1,000 vezes maior do que à superfície do oceano.

Porém, a atividade orgânica permanece, devido à presença de água quente, que emite químicos como o sulfureto de hidrogénio, garantindo a alimentação a bactérias e outros micróbios. Estes, por seu turno, garantem vida de uma variedade de criaturas exóticas como anémonas e peixes bioluminescentes. 


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