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| Entrada do Centro de Controlo de Tráfego Ferroviário de Beijing |
Por Andreia Carvalho
Beijing, a capital da China, tem uma das redes ferroviárias mais movimentadas do mundo.
Com um total de 19 linhas de metro, estendidas por 574km, o metro de Beijing serve os seus cidadãos ao longo 345 estações, 54 das quais são de transferência.
Entre 2010 e 2016, a quilometragem das linhas ferroviárias em Beijing cresceu em 70%, aumentando de 336km para os atuais 574km.
No que concerne ao número de passageiros, 2016 apurou 3.659 biliões de transeuntes — uma média diária de 9.998 milhões de passageiros, valor que em 2010 era de apenas 5.588 milhões.
De acordo com o último plano da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, até 2021, a rede ferroviária irá exceder os 900km, totalizando 29 linhas e 556 estações, ao mesmo tempo que a estrutura da rede será otimizada, aprimorando o serviço e o controlo do tráfego.
É expectável que também os números de passageiros atinjam novos recordes, existindo a hipótese de ultrapassar a capacidade diária de 18.5 milhões de indivíduos.
Para que todos estes números batam certo, é necessário um controlo sobre todo o envolvente das linhas de metro, desde infraestruturas aos passageiros. Esse controlo é realizado pelo Centro de Controlo de Tráfego Ferroviário de Beijing.
Yang Guangwu, engenheiro chefe da Beijing Major Projects Construction & Command, explicou que é no centro que são identificados, em tempo real, todos os problemas que surgem. “Mais importante do que encontrar a resolução do problema, é encontrar o próprio problema atempadamente e solucioná-lo o mais brevemente possível”, acrescentou.
Na sala de controlo, forrada com ecrãs onde são exibidas as imagens de vigilância de todas as linhas e estações, os funcionários, “que podem atingir os mil por turno”, recebem também, em tempo real, as informações do número de passageiros que entram e saem da estação, bem como o número de passageiros a bordo de cada carruagem.
O controlo dos números serve para “análise, para que possamser estudadas possíveis formas de reduzir o desconforto do excesso de pessoas dentro do metro, ou as esperas prolongadas, desde o acesso à estação até à entrada na carruagem do metro”.
“As nossas plataformas são administradas por 5 sistemas interdependentes: os sistemas de integração, comunicação, coordenação da rede, análise de dados da movimentação de passageiros e a plataforma de informação e comando”, explicou Yang.
Yang deixa ainda em aberto a possibilidade de “no futuro, os cartões e bilhetes sejam pagos através de um aplicativo de celular”.
Foi também anunciado que a Beijing Rail Transit Constrution (BRTC) se encontra a desenvolver o primeiro metro automatizado de conceção e construção chinesa.
Este projeto deverá ser posto em prática primeiramente na nova linha Yanfang, com conclusão prevista para 2021.
Apesar de não precisar de condutor, numa fase inicial, todas as cabines contarão com a presença de um profissional.
“Por exemplo, a altura ideal para cerrar as portas é determinada pela sensibilidade do condutor. O sistema não é assim tão avançado. Daí que seja necessária a presença de um profissional, para garantir a normalidade do processo”.
Este inovador metro automatizado, previsto para o futuro próximo, permitirá uma redução avultada de custos de operação.
Quanto ao futuro do metro automatizado, Zhang não descarta a possibilidade de levar o conhecimento da empresa além-fronteiras.
“No âmbito da Iniciativa Um Cinturão e Uma Rota, caso surjam oportunidades de criação de projetos, estaremos dispostos a assinar acordos com os demais países integrantes”, acrescentou.
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