À terceira, é de vez
O Chinese Bridge, organizado pelo “Hanban”, a instituição responsável pela promoção da língua chinesa no exterior, tem lugar anualmente na China para os melhores classificados de cada um dos 108 países abrangidos pelo concurso.
Após duas participações meritórias em anos anteriores, desta feita o primeiro lugar não escapou. “É o culminar destes anos de estudo”, afiançou.
Os “Anti-lento”, um grupo no qual o Henrique participou como guitarrista, com outros estudantes, no primeiro ano de mestrado na China, na cidade de Zhuhai.
O “sonho de representar o país na China”, juntamente com a ambição de “acrescentar ao currículo” o prestigioso galardão, afiguraram-se como as principais motivações para voltar a concorrer.
Dividido em três secções, a fase de apuramento compreende: o pronunciamento de um discurso (tema decidido pela organização), ao qual se segue um período de interação oral com o júri sobre este; uma sessão de resposta a perguntas de conhecimento geral sobre a China e, por fim, uma performance cultural artística com elementos alusivos à China.
O tema designado para o discurso este ano, traduzido livremente para “o sonho comanda a vida”, deu ao Henrique a oportunidade de cruzar as suas ambições para o futuro com a investigação que se encontra a levar a cabo em sede de mestrado: “Treinadores de futebol de formação portugueses e o mercado chinês – uma perspetiva intercultural”.
“Talvez o júri tenha achado esquisito eu ter um sonho no qual o futebol português estivesse cruzado com a modalidade na China”, confessa. Aparentemente, o fator inovação terá jogado a seu favor.
O contacto com a realidade futebolística chinesa durante a passagem por Zhuhai, no primeiro ano do mestrado, “alimentou este sonho de poder estar na China e trabalhar diretamente com o futebol”.
O Benfica e o Sporting, dois exemplos de clubes sonantes em Portugal, têm já várias escolas de formação na China. Luís Figo é outra figura conhecida com várias academias em nome próprio a operar no gigante asiático.
Com efeito, refere o Henrique, a decisão da escolha do tema acabou por recair no recente esforço do país, encabeçado pelo próprio presidente Xi Jinping, confesso fã do futebol, que, juntamente com a Associação de Futebol da China, nutre “a ambição chinesa de vir a realizar um mundial de futebol, participar num mundial de futebol masculino e, eventualmente, vencer um”.
Já na performance cultural a música foi outra, literalmente.
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