Beijing, 3 mai (Xinhua) -- "O Cinturão e Rota nos junta, e enfrentamos desafios juntos...", diz uma canção composta por Vilayphone Vongphachanh, do Laos. A canção, chamada "O Cinturão e Rota", tornou-se viral na internet recentemente.
Um internauta elogiou o cantor na terça-feira no Weibo (versão chinesa do Twitter), dizendo que "é maravilhoso ouvir o entendimento de um estrangeiro sobre a Iniciativa do Cinturão e Rota, e a canção mostra que países ao longo do Cinturão e Rota estão dispostos a aceitar o destino compartilhado."
"Notícias sobre a Iniciativa é um foco para chineses, e quero que mais pessoas a conheçam por meio da internet", disse Vilayphone, que tem 52 anos e tem trabalhado na China por sete anos. "Com tudo, a internet é a melhor forma para conectar as pessoas."
Como um cidadão do Laos, Vilayphone considera que o significado da Iniciativa vai muito mais além da ferrovia China-Laos que será conectada ao sistema de ferrovias da China.
"A construção mostra um aspecto de conexão transfronteiriça", disse. "Aqui na China já experimentei a conveniência trazida pela cooperação na internet ao longo dos países do Cinturão e Rota".
Ele está acostumado a comprar produtos de outros países no Tmall, uma plataforma internacional de compras online do gigante chinês da internet Alibaba. Produtos de países ao longo do Cinturão e Rota tornaram-se cada vez mais populares na China.
Promovido pela internet, mais de 100 marcas tailandesas tornaram-se disponíveis no Tmall, com um aumento de 152% no movimento das vendas anuais, segundo um relatório divulgado pela Ali Research na semana passada.
Além disso, café malaio, chá preto do Sri Lanka, assim como palma de tâmara dos Emirados Árabes Unidos são os melhor vendidos na internet.
Desde o lançamento da Iniciativa do Cinturão e Rota em 2013, a China assinou diversos acordos com países ao longo das rotas nas áreas da internet, a fim de construir uma rede transnacional que conecta a Ásia com Europa e África.
Por exemplo, a China pediu construir uma "Rota da Seda online" entre a China e os países árabes em 2015. Sob a proposta, o país prometeu acelerar a construção de instalações de internet regionais e uma rede de comunicação a cabo, priorizar a alocação de infraestrutura de internet e promover o uso comum de redes 4G.
No ano passado, o Centro de Informação Logística de Portos China-ASEAN foi inaugurado, com a prioridade de permitir o intercâmbio e compartilhamento de informações entre cidades portuárias na China e nos países da ASEAN.
A China e a Etiópia assinaram em 2016 um memorando de entendimento para sua parceria sobre um projeto dublado "Super Autoestrada de Informação África", que permite que os dois países realizem em conjunto atividades de tecnologia de informação e comunicação para a África do Leste.
"A internet é ponto chave da Iniciativa do Cinturão e Rota no Século 21, e a cooperação nos serviços relacionados à internet ao longo das rotas impulsiona inovação e atualização industriais", disse Wang Yiwei, diretor do Instituto de Assuntos Internacionais da Universidade Renmin da China.
Em 1º de março, o governo chinês divulgou a Estratégia Internacional da Cooperação no Ciberespaço, na qual o país promete ajudar países em desenvolvimento a construir capacidade de cibersegurança.
Além de governos, empresas chinesas também tomaram ações. O presidente da Alibaba, Jack Ma, propôs uma "Ciber-Rota da Seda" em março, com um plano para estabelecer um centro de comércio eletrônico na Malásia que abrangerá logística, computação em nuvem e serviços de finanças online, e promover o comércio na região.
A China realizará o Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional em 14 e 15 em Beijing.
"Com conectividade é chave para a Iniciativa, a Internet Plus deverá trazer mais resultados significantes e ideias novas para os países ao longo do Cinturão e Rota", assinalou Wang.