No passado, os produtos fabricados na China faziam parte do cotidiano de clientes em todo o mundo. Hoje em dia, os produtos “Made in China” não só estão presentes nas prateleiras dos supermercados, como também nos setores de aviação civil, turismo e tecnologia informática — sobretudo nos países por onde a Iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota” se estende.
A título de exemplo, a companhia de aviação civil Hainan Airlines (HNA) expandiu sua operação de linhas aéreas Beijing-Manchester, Beijing-Praga, Chongqing-Roma.
Para seus passageiros internacionais, esse percurso não só representa uma viagem de horas, mas também uma experiência de “hospedagem ao estilo oriental”. A HNA inclui elementos chineses nas linhas, tanto nos modelos dos aviões, como na disposição das cabines, a fim de oferecer um melhor serviço aos passageiros.
Ao invés de ser apenas mais uma companhia aérea, a HNA passou a se tornar em um megagrupo, tendo a capacidade de oferecer serviços de turismo, logística, e finanças, contando com 200 linhas áreas internacionais.
“Com a inovação em produtos e serviços, a HNA conecta a China com os países ao longo do ‘Cinturão e Rota’ de forma mais estreita, para assim promover o intercâmbio interpessoal e a cooperação econômica”, afirmou um responsável do Grupo.
Hoje em dia, um crescente número de empresas chinesas estendeu os seus negócios, tal como o Grupo HNA, para a hotelaria, cultura, turismo, medicina tradicional chinesa, entre outros, formando um “nó invisível” na iniciativa.
Segundo explica Xiao Hong, CEO da Perfect World, “para entrar no mercado da Tailândia, a dificuldade é a sua complicada regulamentação; na Indonésia, poucos clientes usam cartão de crédito; enquanto na Europa, o maior desafio é a dispersão de mercados, que dificulta a compatibilidade de nossos produtos e serviços em diferentes países”.
Apesar de várias dificuldades, a companhia de criatividade cultural exportou seus produtos de jogos eletrônicos e vídeos para mais de 100 países e regiões, tendo já estabelecido 20 filiais no Sudeste Asiático, Ásia Central e Europa.
A diferença cultural é um desafio comum para muitas empresas chinesas a investir no estrangeiro, sobretudo no ramo dos serviços, que têm como núcleo o contexto cultural e os hábitos de consumo.
No ponto de vista de Xiao Hong, a “receita” para superar esse desafio é a “cultura chinesa” aliada ao “serviço de qualidade”.
“Por exemplo, pouca gente no estrangeiro conhece a obra ‘Shan Hai jing’ (Clássicos das montanhas e mares), mas nosso jogo, com base em lendas da obra, tem sido elogiado pelos usuários estrangeiros, que começam a melhor conhecer a mitologia chinesa e a identificar seu valor cultural”, revelou Xiao, acrescentando que a maioria dos produtos da Perfect World têm sido bem acolhidos no exterior.
O serviço de qualidade é obrigatório para entrar nos mercados internacionais. “Damos a devida e igual importância a usuários de todos os países e regiões, tratando-os com base nos melhores critérios”, disse, “isso é fundamental para conquistar os mercados ao longo do ‘Cinturão e Rota’”.