RIO DE JANEIRO, 21 de abril (Diário do Povo Online) – Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), publicadas na quarta-feira (dia 19), o Brasil deverá sair da recessão, com crescimentos de 0,2% em 2017, e 1,7% em 2018.

No relatório das Perspetivas Econômicas Globais, o FMI revela que a situação no Brasil está a melhorar devido à diminuição de incertezas econômicas, bem como graças à flexibilização da política monetária e avanço dos programas de reforma.

Apesar da atual investigação contra a corrupção deixar o país num clima de incerteza política, o governo reafirmou a sua intenção em levar a cabo as reformas, o que pode resultar numa melhoria da situação fiscal, explicou Oya Celsun, representante do FMI.

As estimativas para 2018 foram corrigidas desde o último relatório, no qual o FMI defendia que o crescimento econômico brasileiro expectável para o próximo ano seria de 1,5%.

O FMI acredita que o Brasil crescerá gradualmente, e que manterá um crescimento moderado sustentável. A instituição reforça, contudo, que esses resultados dependem da implementação das reformas.

“As expetativas macroeconômicas do Brasil estão interligadas com a implementação de ambiciosas reformas de reestruturação econômica e fiscal”, pode ler-se no relatório.

O FMI expressou a sua surpresa quanto à atual baixa taxa de inflação do país, estimando que a inflação atinja os 4,4% em 2017 e os 4,3% em 2018.

A meta de inflação estabelecida para 2017 e 2018 é de 4,5%, com uma diferença de dois pontos, o que significa que a taxa não pode exceder os 6,5%.