Frankfurt, 18 abr (Xinhua) -- As missões espaciais provavelmente enfrentarão uma crescente ameaça de detritos em órbita da Terra, disseram cientistas nesta terça-feira na 7ª Conferência Europeia sobre Resíduos Espaciais.
A reunião de quatro dias foi realizada na cidade de Darmstadt, no sul da Alemanha, onde está localizado o Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC).
Desde 1957, mais de 4.900 lançamentos espaciais levaram a uma população em órbita hoje de mais de 18.000 objetos rastreados.
Destes, apenas 1.100 são espaçonaves funcionais e os restantes são detritos espaciais, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), uma organização intergovernamental composta por 22 estados membros europeus.
No que diz respeito a objetos minúsculos maiores que um milímetro, que são difíceis de serem rastreados, mas capazes de prejudicar a espaçonave em uma colisão, a quantidade desses objetos sobe para cerca de 150 milhões.
Além disso, cerca de 20.000 fragmentos em órbita com tamanhos acima de 10 centímetros foram encontrados hoje em dia, 12.000 a mais do que o valor total de 1993.
"Estamos muito preocupados," disse Rolf Densing, diretor de operações da ESA.
Nos próximos dias, os especialistas discutirão ainda diferentes aspectos da pesquisa de detritos espaciais, incluindo técnicas de medição, teorias de modelagem de ambiente, técnicas de análise de risco e projetos de proteção.