Beijing oferece apoio para aluguel de habitação

Fonte: Diário do Povo Online    12.04.2017 14h45

Como a subida dos preços dos imóveis, muitos residentes ponderam trocar a capital por cidades com custos de vida e arrendamento mais baixos.

Um projeto piloto, que visa oferecer alojamento subsidiado a residentes que não sejam locais, permitirá que estes permaneçam em Beijing com condições mais toleráveis.

Na terça-feira (11), mais de 1.000 pessoas esperaram, pelo menos quatro horas, para se candidatarem a uma das 400 casas disponíveis.

Um total de 120 casas estão reservadas para cidadãos que não possuem o registo familiar ou de residência em Beijing. Trata-se de uma mudança notável face à política de anos anteriores.

A fila para o registo em Maquanying - um subúrbio do distrito de Chaoyang, onde 300 dos apartamentos estão localizados – chegou a estender-se por mais de 300 metros.

"A fila já era longa às 9 da manhã, e continuava longa às 14h, apesar de estarmos a lidar com cerca de 120 pedidos por hora", disse um funcionário da comunidade, acrescentando que o grande número de candidatos ultrapassou todas expectativas e que, por isso, 30 funcionários foram adicionados à equipa na segunda-feira, o primeiro dia para as candidaturas.

Para se qualificarem para uma casa subsidiada, os candidatos sem registo em Beijing devem ter uma acumulação de liquidação do seguro social ou os impostos de renda na capital por pelo menos cinco anos, terem idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos e não possuirem qualquer propriedade em seu nome. Os candidatos serão, posteriormente, selecionados aleatoriamente.

Gao Yang, 30 anos, natural província de Henan, trabalha em Pequim há seis anos como engenheiro informático no distrito de Chaoyang.

"É uma fila muito longa, e as chances são escassas, mas se não estiver na linha, não há esperança de alugar um apartamento por metade do preço do mercado", expressou Gao.

O preço das habitações de aluguel disponíveis ronda os 2.400 yuans (aproximadamente 348 dólares) mensais, por um apartamento com dois quartos. Uma propriedade similar no mercado de aluguel regular pode ultrapassar os 5.000 yuans por mês.

Gao Chao, que trabalha como designer no distrito de Fengtai, afirmou que vive com sua esposa e dois outros casais em um apartamento compartilhado a fim de economizar dinheiro, mas que o preço do aluguel do quarto é praticamente o mesmo que o de uma casa abrangida pelo programa.

"É como tentar a sorte ao comprar um bilhete de loteria. Enquanto houver esperança, quero tentar", disse.

Até agora, 10.300 inquilinos (13%), vivem em habitações públicas de aluguel em Beijing sem possuírem qualquer registo.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo China Youth Daily na terça-feira, 23% dos 2.000 entrevistados já haviam deixado cidades de primeira linha, como Beijing, enquanto 47% ponderam sair da capital, apresentando como razão principal o aumento do custo de arrendamento. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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