RIO DE JANEIRO, 31 de mar (Diário do Povo Online) - O ex-presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha, foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
A condenação decreta a queda de poder de um dos políticos mais polarizadores do Brasil, que iniciou a campanha de impeachment que, em última instância, derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff em agosto de 2016.
O juiz federal Sérgio Moro, que supervisiona casos relacionados com o círculo de corrupção da Petrobras, aceitou as acusações apresentadas pelo promotor-geral contra Cunha, acusado de receber 1,5 milhão de dólares norte-americanos em subornos, para facilitar um contrato de exploração de petróleo da Petrobras no Benin.
Cunha, de 58 anos, é membro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do presidente Michel Temer, tendo presidido à Câmara dos Deputados de fevereiro de 2015 a julho de 2016, quando teve de abandonar o cargo devido a acusações de corrupção contra ele.
Em setembro de 2016, foi expulso da Câmara dos Deputados por ter mentido sob juramento de ter contas bancárias fora do Brasil. As autoridades suíças descobriram contas bancárias com milhões de dólares em nome da Cunha e transferiram as informações para o Brasil.
Religioso conservador, Cunha foi preso em outubro por acusações de corrupção relacionadas com a investigação da Petrobras.
Esta foi a primeira sentença contra Cunha, uma das centenas de políticos brasileiros ligados ao círculo de corrupção da Petrobras.