Beijing, 30 mar (Xinhua) -- A economia da China pode crescer 6,8% em termos anuais no primeiro trimestre deste ano graças ao aumento das atividades de produção e do investimento, informou um think tank do governo chinês em um relatório publicado na quarta-feira.
A firme tendência no quarto trimestre do ano passado continuou no primeiro trimestre de 2017, segundo a Academia Nacional de Estratégia Econômica (ANEE), citando um grande aumento nos preços de saída de fábrica, a recuperação de lucros corporativos e as crescentes importações.
Os preços ao consumidor subirão 1,4% nos primeiros três meses deste ano, indicou a ANEE, filiada à Academia Chinesa de Ciências Sociais.
"Apesar da pressão para baixo, a economia chinesa tinha operado em bom estado", assinalou Wang Hongju, pesquisador da ANEE. "O enfoque das políticas macroeconômicas deve ser posto nas reformas estruturais no lado da oferta para impulsionar a potencial produção de longo prazo".
A ANEE calcula que a economia chinesa crescerá 6,7% no primeiro semestre do ano dado que é provável que a produção industrial aumente moderadamente no segundo trimestre, enquanto que o investimento terá um crescimento ligeiramente mais lento.
O consumo aumentará com firmeza no período de abril a junho, mas será difícil ver melhorias nas exportações, indica o relatório.
O governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento de aproximadamente 6,5% para 2017, o mais baixo em 25 anos.
O relatório assinala que o governo deve tomar previsões contra riscos nos setores imobiliário e financeiro.
Para conter o excessivo aumento nos preços de imóveis em algumas cidades, exceto as restrições de compra, o governo também deve trabalhar para melhorar a oferta do mercado e manter a expansão monetária controlada, de acordo com o relatório.