Beijing, 28 mar (Xinhua) -- A China expressou firme oposição a uma visita de funcionários japoneses a Taiwan e fez uma representação séria ao Japão sobre a visita, informou na segunda-feira Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
De acordo com um relatório da Kyodo News, o vice-ministro sênior dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão, Jiro Akama, visitou Taiwan no sábado, se tornando o funcionário do governo japonês de nível mais alto a visitar a ilha em uma capacidade oficial desde 1972.
"A visita de Jiro Akama quebrou a promessa do Japão à China de só manter intercâmbios civis e regionais com Taiwan e os princípios dos quatro documentos políticos concordados pela China e Japão", afirmou Hua em uma coletiva de imprensa regular.
"A questão de Taiwan se relaciona com os interesses essenciais da China e não pode ser desafiada".
Segundo o Comunicado Conjunto Sino-Japonês 1972, o governo japonês plenamente entende e respeita a posição do governo chinês sobre Taiwan como uma parte inseparável do território da China.
"A questão de Taiwan é um assunto importante ligado às fundações políticas dos laços China-Japão", disse ela, notando que a posição da China sobre a questão é clara e consistente.
"Desde o início deste ano, o Japão prometeu honrar seus compromissos sobre a questão de Taiwan, mas tem provocado problemas repetidamente. Isso afetou seriamente a melhora dos laços bilaterais", apontou ela.
Hua pediu ao lado japonês que pare com seu comportamento de "duas faces" e não vá mais longe nesse caminho errado.
Foi relatado que os novos livros didáticos autorizados para o uso nas escolas secundárias no Japão a partir de abril do próximo ano contêm mais descrições das medidas exteriores e defensoras tomadas pelo governo do primeiro-ministro Shinzo Abe, incluindo reclamações de que as Ilhas Diaoyu da China são territórios "inerentes" do Japão.
Hua disse que a Ilha Diaoyu e suas ilhotas adjacentes são territórios inerentes chineses e a China tem firme resolução e determinação para defender sua soberania territorial.
"Seja o que o Japão disser ou fizer, não tem como mudar o fato de que as Ilhas Diaoyu pertencem à China", afirmou Hua.
"A China pede que o lado japonês respeite a história e os fatos, ensine a nova geração com visões históricas corretas, e pare de causar problemas em assuntos relevantes", disse ela.