SHANGHAI, 27 de mar (Diário do Povo Online) - Quantos Sillicon Valley pode ter o mundo? É muito possível que venha a existir um na China, ou seja, que Shanghai e os seus arredores — apesar de alguns problemas óbvios no estágio inicial.
Esse é um dos resultados de uma pesquisa recente feita pela consultoria global KPMG, que avaliou Shanghai como a cidade Nº1 a rivalizar nos próximos quatro anos com Sillicon Valley, onde constam a Apple, Google, Facebook e várias outras companhias norte-americanas de alta tecnologia.
Segundo a pesquisa, 43% dos entrevistados globais acreditaram que o centro de inovação tecnológica do mundo pode mover-se de Sillicon Valley para um outro país nos próximos quatro anos.
Shanghai foi selecionada por 26% dos entrevistados como a cidade substituta, não só pela sua forte posição regional no mercado financeiro, mas também pelos numerosos parques de alta tecnologia no distrito de Pudong.
As cidades nomeadas pelos inquiridos a seguir a Shanghai foram Nova Iorque, Tóquio, Beijing e Londres.
Especialistas acreditam que a transformação econômica da China está a estimular a criação de novos impulsos de crescimentos e novas indústrias, instituições e oportunidades nos setores de tecnologia e inovação.
“Sem dúvida, Shanghai permanecerá entre os centros mundiais de liderança na inovação devido à sua base crescente de mídia digital e empresas de entretenimento, tal como um estilo de vida mais agradável e clima favorável, fatores que podem atrair talentos de alta qualidade”, afirmou Egidio Zarrella, parceiro de clientes e inovação na KPMG China.
“O sucesso do sistema ecológico do Sillicon Valley produziu um empreendimento real da inovação em todo o mundo e a China tirou proveito disso, usando o grande número de consumidores do país”, acrescentou Tim Zanni, líder de tecnologia global e dos EUA da KPMG.
Zanni enfatizou que o Sillicon Valley nunca poderá ser replicado. A China está a criar o seu próprio sistema, embora o seu maior desafio seja a falta de orientação.