BOAO, Hainan, 27 de mar (Diário do Povo Online) – Uma iniciativa sobre a globalização econômica foi anunciada no final da conferência anual do Fórum de Boao para a Ásia (BFA, na sigla em inglês), encerrado no domingo, na província de Hainan.
O objetivo do fórum consistiu na promoção e aprofundamento do intercâmbio, coordenação e cooperação econômica na Ásia e entre a Ásia e outras partes do mundo, de acordo com a iniciativa.
Abordando a pressão sobre o crescimento global, o crescimento da desglobalização e do protecionismo, a iniciativa apelou aos países asiáticos para que persistissem em manter os mercados abertos, o crescimento inclusivo e a cooperação econômica.
A iniciativa apelou ainda ao mundo para que se adapte ativamente às forças de globalização econômica e reforma da governança global, a fim de resolver problemas emergentes na globalização.
Medidas específicas foram apresentadas pelos membros do BFA através da iniciativa.
Os governos devem fazer mais esforços para reformar e trabalhar conjuntamente a fim de reforçar a ordem econômica internacional e os sistemas de governança global, com políticas que garantam benefícios amplamente compartilhados.
O protecionismo deve ser rejeitado. O comércio e investimento devem ser promovidos a fim de impulsionar o desenvolvimento global sustentável, com reforma contínua de mecanismos e governança multilaterais.
As organizações internacionais e regionais, tais como a Organização Mundial de Comércio (OMC) e a APEC, devem trabalhar para um sistema de comércio bilateral e multilateral mais aberto, inclusivo, justo e equitativo.
Os líderes multilaterais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, foram instados a melhorar a supervisão das finanças globais, apoiar os fluxos de capital transfronteiriços e reduzir os impactos na economia real.
Os governos devem usar parcerias público-privadas transfronteiriças, um modelo de financiamento, para facilitar inovação tecnológica e intercâmbio de conhecimentos e informações.
Os membros do BFA apresentaram a proposta de um mecanismo aberto de cooperação multilateral para garantir o balanço em globalização e apelar pelos esforços do G20, da APEC, dos governos e do setor privado. A infraestrutura e conectividade institucional e interpessoal também devem ser promovidas.