Beijing, 23 mar (Xinhua) -- Beijing anunciou na quarta-feira que os hospitais públicos acabarão com o aumento de preços dos medicamentos para continuar separando o tratamento médico e as vendas de medicamentos e baixando os custos para os pacientes.

Os preços dos medicamentos aumentaram até 15% anteriormente. Isso não será permitido em mais de 3,6 mil hospitais e instituições médicas na cidade a partir de 8 de abril.

Em vez disso, Beijing ordenará a compra transparente de medicina, escolhendo fornecedores através de licitações abertas e publicando completamente as informações sobre os medicamentos e produtores.

As despesas de registro e tratamento serão substituídas por uma taxa de serviço médico de 50 yuans (US$ 7,3) a 100 yuans. O seguro médico cobrirá 40 yuans da taxa.

Fang Laiying, chefe do departamento municipal de saúde de Beijing, disse que a reforma visa anular o sistema de cobrir as despesas dos hospitais com as vendas de medicamentos.

"Separar o tratamento médico e as vendas de medicamentos cortará o canal de lucro através de prescrição excessiva, e ajudará os profissionais médicos a oferecer mais e melhores serviços de tratamento", assinalou Fang.

Devido ao fraco financiamento governamental, os hospitais públicos têm dependido muito do aumento dos preços dos medicamentos, altas despesas de exames e vendas de materiais como bandagens, o que criou um incentivo para os médicos prescreverem demasiadamente e sugerirem exames desnecessários.

Li Bin, ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, disse que a medida de Beijing melhorará os serviços médicos, controlará os crescentes custos médicos e reduzirá as cargas econômicas dos pacientes, fazendo um papel demonstrativo para a reforma médica.