O primeiro-ministro holandês Mark Rutte do partido VVD Liberal, diante dos seus apoiantes em Haia.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, apresentava-se no caminho da vitória sobre o seu oponente Geert Wilders, apoiante de uma visão anti-islâmica e antieuropeísta, na quarta-feira, oferecendo um indicador positivo aos restantes governos europeus que enfrentam uma onda de nacionalismo.
“Parece que o VVI será o maior partido na Holanda pela terceira vez consecutiva”, disse Rutte aos seus apoiantes numa festa pós-eleitoral em Haia.
“Hoje iremos celebrar um pouco”.
Rutte recebeu mensagens congratulatórias da parte de líderes europeus, tendo falado com alguns pelo telefone.
“É também uma noite na qual a Holanda, após o Brexit e as eleições americanas, disse “stop” ao populismo”, afirmou.
Wilders disse que, no caso de não atingir a expectável vitória, estaria pronto a desempenhar o seu papel na oposição.
“Preferia ter sido o maior partido... mas não somos um partido que perdeu. Ganhamos lugares. Isso é um resultado pelo qual devemos estar orgulhosos”, disse Wilder aos jornalistas.
Com 55% dos votos contados, o partido VVD está projetado para arrecadar 32 dos 150 assentos no parlamento, uma queda face aos 41 das últimas eleições de 2012.
Estas eleições assumiram-se como um teste para perceber se os holandeses queriam terminar com décadas de liberalismo e escolher um governo nacionalista, com uma política anti-imigração, ao votar em Wilders e nas suas promessas de “desislamizar” o país e abandonar a EU.
Marine Le Pen, a candidata de extrema-direita francesa, irá disputar a presidência do país em maio.
Na Alemanha alternativas eurocéticas e anti-imigração deverão ocupar lugares no parlamento federal pela primeira vez nas eleições de setembro.