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Relações China-EUA mais estreitas no 45º aniversário da publicação do Comunicado de Shanghai

Fonte: Diário do Povo Online    01.03.2017 14h55

O então presidente dos EUA, Richard Nixon , vistou a China em fevereiro de 1972

O dia 28 de fevereiro marcou o 45º aniversário da publicação do Comunicado de Shanghai entre a China e os EUA.

Há 45 anos atrás, o então presidente norte-americano Richard Nixon visita à China, naquele que representa um marco fundamental no desenvolvimento das relações bilaterais entre os dois países.

Em 1972, a China e os Estados Unidos publicaram o Comunicado Conjunto Sino-Norte-Americano, também conhecido como o Comunicado de Shanghai, estabelecendo a primeira base para o entendimento e cooperação entre ambos os países.

O Comunicado de Shanghai, o Comunicado Conjunto sobre o Estabelecimento das Relações Diplomáticas entre a República Popular da China e os EUA (1979) e o Comunicado Conjunto Sino-Norte-Americano de 17 de Agosto de 1982, conhecidos como os “três comunicado conjuntos sino-norte-americanos”, se tornaram documentos de orientação para o desenvolvimento das relações bilaterais.

Hoje em dia, as relações sino-norte-americanas constituem um dos binómios mais importantes do globo. O desenvolvimento do relacionamento entre as duas nações veio beneficiar os povos de ambas as partes, nomeadamente através do aumento do volume de comércio bilateral, estoque de investimentos mútuos e intercâmbio de recursos humanos. Todos estes fatores atingiram recordes históricos.

O atual volume de comércio bilateral entre a China e os EUA superou 500 bilhões de dólares; o investimento chinês nos Estados Unidos em 2016 ultrapassou os 50 bilhões de dólares; o número médio diário de pessoas que viajam entre os dois países atingiu os 14 mil; há uma aterragem ou decolagem de voo entre ambos os países a cada 17 minutos; mais de 40 de províncias chinesas e estados norte-americanos estabeleceram relações de geminação, e mais de 200 pares de cidades chinesas e norte-americanas fundaram relações de cidades-irmãs. Todos esses dados demonstram os progressos obtidos na aproximação entre a China e os Estados Unidos.

O ex-ministro do Comércio norte-americano e ex-embaixador dos EUA na China, Gary Locke, disse ao Diário do Povo que os três comunicados conjuntos sino-norte-americanos são documentos de orientação para o desenvolvimento das relações bilaterais e formam a base das relações dos EUA com a China. Quando ocupava o cargo de embaixador na China, os dois países mitigaram as divergências com base nesses princípios.

O especialista sobre assuntos norte-americanos da Academia de Ciências Sociais da China, Tao Wenzhao, indicou, durante uma entrevista concedida ao Diário do Povo, que o Comunicado de Shanghai iniciou o processo histórico de normalização das relações sino-norte-americanas.

Segundo Tao, nos últimos 40 anos, as práticas das relações bilaterais entre ambos os países provaram a validade dos princípios fundados aquando do estabelecimento das relações diplomáticas — sobretudo o respeito à política de Uma Só China por parte dos EUA. Concomitantemente, esses princípios foram também desenvolvidos e aperfeiçoados durante o processo.

Com as experiências das últimas quatro décadas e a força e prosperidade da China contemporânea, temos confiança no futuro das relações sino-norte-americanas, acrescentou Tao.

Como o conselheiro de Estado chinês, Yang Jiechi referiu no seu artigo publicado no Diário do Povo que as relações entre a China e os EUA estão já em um novo ponto de partida. A manutenção do desenvolvimento saudável e estável das relações bilaterais, defende, assume-se, não só um propósito basilar da nossa era, como é também uma legítima expectativa da comunidade internacional.