BEIJING, 14 DE FEV (Diário do Povo Online) – Beijing irá banir das suas regiões urbanas veículos com elevada emissão de poluentes, segundo informações emitidas pelas autoridades na segunda-feira.
Com início no dia 15 de fevereiro, os veículos leves movidos a gasolina, cujas emissões de gases não atendam ao terceiro escalão das Normas Nacionais de Emissão, serão proibidos de circular no 5º anel rodoviário de Beijing, durante os dias da semana.
Os infratores serão multados em 100 yuans por cada quatro horas de circulação na referida rodovia.
Veículos em mau estado de conservação ou de qualidade inferior (segundo os padrões) serão também retirados de circulação, após inspeção anual ou fiscalização in loco.
A capital chinesa exige atualmente que os novos carros cumpram com o padrão de emissões “Beijing VI” — superior ao estabelecido pelos critérios constituintes do sexto escalão das Normas Nacionais de Emissão, e equivalente aos padrões Euro VI, sendo o mais rigoroso na China.
O primeiro escalão das Normas Nacionais de Emissão foi estabelecido em 1999, tendo o segundo escalão sido introduzido em 2004.
"Depois de eliminar os carros com selo amarelo [veículos antigos e com elevada emissão de gases poluentes], os veículos compatíveis com os segundo e terceiro escalões das Normas Nacionais de Emissão, são a principal fonte de emissão de poluentes nas estradas", afirmou Yu Jianhua, engenheiro-chefe da Secretaria Municipal de Proteção Ambiental de Beijing.
Automóveis movidos a gasolina com elevadas emissões poluentes, representam menos de 10% do total de veículos em circulação. No entanto, emitem 30% de óxidos de nitrogênio e 25% de compostos orgânicos voláteis (COVs), frisou Yu.
Os 5,7 milhões de veículos, que circulam em Beijing, produzem anualmente 500 mil toneladas de vários poluentes, sendo responsáveis por 31% da produção local de PM 2,5 (partículas microscópicas nocivas para a saúde associadas ao fenómeno de smog), e a principal causa de poluentes atmosféricos, de acordo com a autoridade ambiental.
Após várias ocorrências de elevados índices de poluição atmosférica na última década, a capital chinesa estabeleceu uma série de regulamentos a fim de assegurar a qualidade do ar.
A relocalização de indústrias, proibição de circulação de carros antigos, subsidiação da compra de veículos de maior eficiência energética e melhoramento da rede de transportes públicos, são algumas das medidas adotadas com objetivo de reduzir a poluição atmosférica.
A densidade média de PM 2,5 em Beijing foi de 73 microgramas por metro cúbico em 2016, uma queda de 9,9% em relação ao ano anterior, de acordo com a Comissão de Reforma e Desenvolvimento Municipal de Beijing.