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Secretário-geral da ONU “lamenta profundamente” a adoção de projeto-lei israelita que legaliza ocupação de propriedade privada na Cisjordânia

Fonte: Diário do Povo Online    08.02.2017 14h10

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamentou na terça-feira o facto de Israel ter adotado um projeto-lei, a 6 de fevereiro, que legaliza a ocupação israelita em territórios privados palestinianos.

Guterres enfatizou que “o projeto-lei é uma violação da lei internacional e terá consequências legais para Israel”.

Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, acrescenta que “o projeto-lei atribui, alegadamente, imunidade à construção de povoamentos na região ocupada da Cisjordânia, construídos em propriedade privada palestiniana”.

 “O secretário-geral insiste na necessidade de evitar quaisquer atos que coloquem em causa a solução atingida pelos dois Estados”, sendo esta última agraciada pela comunidade internacional, no sentido de assegurar a paz duradoura entre israelitas e palestinianos, declarou a porta-voz, reiterando o apoio da ONU para a resolução da questão.

A ONU pertence ao “Quarteto do Médio Oriente”, que reúne também a Rússia, a União Europeia e os EUA, na busca de uma solução para os dois Estados, o que significaria a coexistência pacífica entre Israel e o Estado independente da Palestina.

O projeto-lei israelita legaliza a construção de 4,000 casas em regiões não autorizadas ao longo da Cisjordânia – muitas delas consistindo em pouco mais do que casas de fraca qualidade, rebocadas à pressa para os locais – erigidas em território privado, detido por palestinianos.

O governo israelita ofereceu compensações ou terras alternativas aos proprietários do território, independentemente destes concordarem em abdicar dos seus direitos sobre a região.