China pede que Japão tome medidas concretas para enfrentar militarismo passado

Fonte: Xinhua    10.01.2017 10h11

Beijing, 10 jan (Xinhua) -- A China pediu nesta segunda-feira que o Japão tome medidas concretas sobre as questões históricas para ganhar a confiança dos países na Ásia que foram vítimas do militarismo japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Lu Kang fez a declaração em uma coletiva de imprensa ao comentar sobre a disputa de "mulheres de conforto" entre o Japão e a República da Coreia.

Lu disse que é basicamente uma disputa entre a Coreia do Sul e o Japão, mas o recrutamento das "mulheres de conforto" foi um crime severo do militarismo japonês cometido contra os povos em vários países durante a Segunda Guerra Mundial. Por tanto, a China acha necessário o Japão refletir completamente sobre o assunto.

Lu assinalou que se o lado japonês quiser sinceramente lidar com sua história, deve tomar ações concretas sobre as questões históricas para ganhar a confiança do povo na Ásia e no mundo.

Quanto aos assuntos históricos, Lu disse que os líderes japoneses tentam evitar o ponto importante e dar ênfase ao que não é importante, enquanto evita a responsabilidade principal, o que faz pouco provável para o povo acreditar a sinceridade e a honestidade do lado japonês nem lhe dar crédito.

O líder japonês visitou recentemente o Pearl Harbor, local do ataque pelo Japão em 7 de dezembro de 1941 que matou milhares de soldados e civis norte-americanos, ignorando os países vizinhos do Japão que foram severamente devastados pelo militarismo japonês. Além disso, depois da viagem ao Pearl Harbor, vários funcionários japoneses de alto escalão visitaram o Santuário Yasukuni que homenageia criminosos de guerra japoneses na Segunda Guerra Mundial condenados Classe-A. Lu disse que essas ações do lado japonês mostraram que o país é evasivo ao tratar dos principais assuntos históricos.

O Japão decidiu afastar temporariamente seu embaixador na Coreia do Sul para protestar contra a estátua de uma "mulher de conforto" ao redor de seu consulado geral na cidade portuária sul-coreana de Busan, disse um porta-voz do governo japonês em 6 de janeiro.

A República da Coreia disse lamentar que o Japão tenha afastado seus altos enviados por uma estátua simbolizando as vítimas da escravidão sexual pelo Japão durante o tempo de guerra. A estátua representa as mulheres obrigadas à escravidão sexual nos bordeis militares japoneses antes e durante a Segunda Guerra Mundial e foi erguida pela primeira vez em frente da embaixada japonesa em Seul em 2011.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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