EUA incluem portal do grupo Alibaba na “lista negra” de entidades que vendem falsificações

Fonte: Diário do Povo Online    23.12.2016 11h01

Mulher experimenta a realidade virtual do Alibaba, durante uma feira em Shenzhen, província de Guangdong

O gigante do comércio online, Alibaba Group Holding Ltd, expressou o seu desagrado em ser classificado, pelos EUA, como uma entidade que promove falsificações e pirataria, numa decisão que a empresa chinesa sugere ter motivações políticas.

O maior retalhista online do mundo afirmou, na quinta-feira, que estava "muito desiludido" com a decisão de ser reintegrado na lista de "Notorious Markets", depois da citação do Gabinete do Representante do Comércio Externo (USTR) sobre o alto nível de alegada pirataria e falsificação.

"Estamos muito desapontado com a decisão do USTR de incluir o Taobao na sua lista de 'Notorious Markets', ação que ignora o trabalho desenvolvido pelo Alibaba na luta contra as falsificações", comentou o presidente da Alibaba, Michael Evans.

Somente em 2016, o Taobao removeu mais do dobro de produtos infratores que em 2015, afirmou.

“Infelizmente, a decisão do USTR nos leva a questionar se este ato foi baseado em fatos reais ou foi influenciado pelo clima político atual", acrescentou Evans.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, expressou que "os dois países devem oferecer um ambiente de comércio justo e imparcial para as atividades das empresas de cada um".

A lista "Notorious Markets" faz parte do processo anual Special 301, no qual Washington identifica barreiras comerciais devido a violações dos direitos de propriedade intelectual, de acordo com Catter Hu, sócio da Shanghai Jiehua Law Firm.

"Embora o relatório vise principalmente empresas, e não reflita necessariamente a visão de Washington sobre os respetivos países, é provável que esta decisão abale a reputação do Alibaba nos Estados Unidos, onde tem vindo a tentar construir laços com os retalhistas", explicitou Hu.

Apesar de todos os seus esforços, a empresa está listada juntamente com 10 outros websites chineses, erguendo novas barreiras à sua expansão no exterior, de acordo com Yang Yaqiong, analista sênior da Analysys.

"Na verdade, este ato, é mais política do que qualquer outra coisa. Se lerem o relatório, verão um tom um pouco negativo relativamente ao mercado chinês em geral", concluiu Yang.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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