Desvalorização do yuan afeta planos de viagens no Ano Novo

Fonte: Diário do Povo Online    19.12.2016 14h19

Turistas chineses recebem lembranças durante o Ano Novo chinês, no aeroporto de Bangkok, na Tailândia

A recente desvalorização do yuan não reduziu o entusiasmo dos turistas chineses em visitar outros países, no entanto é um fator importante na escolha do destino, afirmam os especialistas da indústria.

A empresa Ctrip, uma das principais agências de viagens online da China, informou, no sábado, que um recorde de 6 milhões de viagens será alcançado pelos turistas chineses em países estrangeiros, durante as próximas festividades do Ano Novo Chinês, com perspetivas de um consumo total superior a 100 bilhões de yuan (14,37 bilhões de dólares).

A desvalorização da moeda não terá um impacto direto no mercado durante a época, pois o custo das viagens é estipulado com meses de antecedência, explicou Wang Zhenyue, vice-diretor do centro de marketing direto da UTour International Travel Service Co, lembrando que “no entanto, os viajantes que planejam o trajeto das suas viagens e os viajantes que vão para fazer compras devem pensar bem no assunto antes de decidirem para onde ir”.

De acordo com a China Youth Travel Service (CTYS), os destinos mais populares para os chineses, que incluem a Tailândia, Maldivas e EUA, sofreram um aumento de 3% a 15% no preço das viagens.

Desde 2012, a China lidera o mercado de turismo internacional, sendo também o maior emissor de turistas a nível mundial.

No entanto, incertezas como a flutuação das taxas de câmbio influenciam a tomada de decisão dos turistas chineses.

Xu Xiaolei, porta-voz CTYS, afirmou que a desvalorização e a mudança das taxas de câmbio poderá afetar apenas os destinos e planos dos turistas chineses, adicionando que "muitos turistas não têm planos ou preferência quando consultam com a CTYS, simplesmente pretendem um acordo com um preço razoável. Viagens para destinos com taxas de câmbio favoráveis se tornaram um fenômeno".

Yang Wenli, de 30 anos, gerente de um auditório em Wuhan, província de Hubei, explicou que ainda não decidiu para onde viajar com a família, acrescentando que "viajar para o exterior ainda é uma grande decisão em termos dos gastos na família, só vamos para fora uma vez por ano, então queremos tornar a viagem o mais agradável possível, mas ao mesmo tempo econômica".

A 15 de dezembro, o yuan desceu para o seu nível mais fraco em oito anos, após a Reserva Federal dos EUA sinalizar um ritmo mais rápido no aumento das taxas. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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