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2016: Um ano de sucesso e de aproximação sino-lusófona (4)

Fonte: Xinhua    16.12.2016 13h28
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Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII)

O Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura foi a primeira instituição financeira internacional proposta pela China. Os mais de vinte países de fora da Ásia que participam da instituição dão a ela um caráter multicultural.

Com sede em Pequim, tem a China como seu maior acionista, com 29,78% do capital total. O Brasil, único país do continente americano a fazer parte do banco, é o nono maior acionista, com uma cota de 3,181 milhões de dólares, enquanto Portugal tem uma participação de cerca de 13 milhões de dólares.

Em entrevista à Agência Lusa, o embaixador do Brasil em Pequim afirmou que o BAII "corrige a falta de investimento em infraestruturas" de outros bancos multilaterais, apontando também a "explosão de oportunidades" que existe na nação sul-americana para as empresas chinesas que atuam no setor das infraestruturas.

Cooperação Portugal-China

Um dos momentos áureos do ano para Portugal, onde Cristiano Ronaldo e companhia tiveram a felicidade de erguer o troféu que escapou a Eusébio, Luís Figo e a outros heróis do futebol luso, ao vencer a França na final do Euro 2016, não passou despercebido às autoridades chinesas. Em especial ao Presidente Xi Jinping, confesso admirador da modalidade que em Portugal é apelidada de “desporto rei”.

Como tal, o chefe de Estado chinês fez questão de parabenizar o primeiro-ministro de Portugal, quando o recebeu em Pequim, naquele que foi o primeiro ponto de paragem de António Costa numa visita oficial à China, em outubro, por ocasião da participação do Fórum de Macau.

Da capital rumou a Xangai e, por fim, à Região Administrativa Especial de Macau. A visita ditou o reforço do compromisso português de participar na iniciativa chinesa “Um Cinturão e Uma Rota” — com destaque para o papel que o porto de Sines poderá vir a desempenhar, devido à sua localização estratégica — e de intensificar a cooperação com a China no comércio e na partilha de conhecimento, em setores como a inovação, logística e novas energias.

Na esfera cultural e social, foram também vários os desenvolvimentos verificados este ano: os “Prémios Tomás Pereira”, os galardões atribuídos pela Embaixada de Portugal em Pequim aos melhores alunos chineses de língua portuguesa, assinalaram a sua segunda edição; foi realizada a “Festa do Cinema Português” em Pequim e Changsha; anunciado o primeiro voo direto entre Portugal e a China (com paragens em Hangzhou e Pequim), e organizadas várias outras iniciativas de cariz social e académico.

Foi também dado um novo passo em frente para a criação de um futuro centro cultural português na capital chinesa (que deverá ser acompanhado da instalação do seu homólogo chinês em Lisboa).

Tomás Pereira, o ilustre jesuíta luso que dá o nome aos prémios suprarreferidos — protagonista de vários feitos meritosos ao serviço do Imperador Kangxi, na dinastia Qing (século XVII) — teve também a sua lápide tumular reconstruída, podendo agora ser visitada nos jardins da embaixada do seu país na cidade onde viveu grande parte da sua vida.

Países Africanos

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, realizou em maio uma visita oficial à China, juntamente com uma comitiva de altos dirigentes do seu país, com vista a promover os laços bilaterais, com prevalência na componente económica.

O apoio providenciado pela China destina-se ao financiamento na construção de infraestruturas, reforço no setor dos transportes, exploração de água potável, construção de um centro cultural China-Moçambique, entre outros.

Durante sua estada de cinco dias à China, a primeira visita oficial de Filipe Nyusi à capital chinesa desde que assumiu o leme de Moçambique, o mandatário afirmou que esperava como resultado o “reforço dos apoios financeiros concedidos ao país”.

Por sua vez, em novembro de 2016, realizou-se em Angola o Fórum de Investimento Angola/China, que reuniu 1,5 mil investidores chineses e angolanos em torno da concretização e aceleração de projetos já existentes em Angola e a assinatura de novos contratos para captação de investimentos.

Para o embaixador da China em Angola, Cui Aimin, o fórum, que congregou investidores das 18 províncias de Angola, foi uma iniciativa importante para a aplicação dos consensos alcançados entre os dois chefes de Estado e o aprofundamento da parceria estratégica Angola/China.


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