O presidente chinês Xi Jinping reuniu-se em Santiago, esta terça-feira, com a sua homóloga chilena Michele Bachelet.
Os dois chefes de Estado comentaram de forma positiva o desenvolvimento das relações sino-chilenas, concordaram em promover os laços bilaterais e estabeleceram uma parceria estratégica entre os dois países.
Xi Jinping frisou que, apesar de os dois países estarem distantes, têm dado inúmeros passos pioneiros na história das relações sino-latino-americanas.
Ambos os países usufruem de um elevado grau de confiança mútua, situação que favorece ambas as economias e a cooperação multilateral.
As relações China-Chile atravessam agora um período de maior maturidade e estabilidade. Os dois países estão experienciando um estado crítico de desenvolvimento e estão comprometidos com o aprofundamento de reformas que visem a sua promoção.
Neste novo início das relações China-Chile, o presidente chinês defendeu que o seu povo deve ser empreendedor e posicionar a relação bilateral na vanguarda das relações sino-latino-americanas.
Xi enfatizou ainda que a China tenciona reforçar a cooperação ao mais alto nível; aperfeiçoar a zona de comércio livre; expandir a cooperação ao nível do investimento e da inovação científica e tecnológica; intensificar o intercâmbio entre os povos, e aprimorar a cooperação estratégica.
A China irá apoiar as empresas chinesas que queiram participar do desenvolvimento de infraestruturas, empreendimento de energias limpas, entre outros campos onde existam parcerias em curso com empresas chilenas.
A expansão do setor turístico em ambos os países auxiliará a promoção das trocas culturais.
O líder chinês acrescentou ainda que a China e o Chile devem fortificar a comunicação e a coordenação no âmbito das instituições multilaterais.
Por sua vez, Bachelet afirmou que esta visita foi abonatória para o fortalecimento dos laços de amizade, do diálogo político e das relações econômicas e comerciais bilaterais.
A atualização do Acordo de Comércio Livre (FTA, sigla inglesa) entre os dois países irá reforçar a afinidade econômica e comercial, segundo a presidente.
O Chile está recetivo ao investimento chinês e disposto a juntar-se ao Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB, sigla inglesa) logo que possível, segundo declarações da presidente chilena.
Os dois chefes de Estado decidiram por unanimidade elevar as relações bilaterais a uma parceria estratégica global, assim como promover o desenvolvimento a longo prazo da cooperação amistosa e de recolha de benefícios mútuos.
Ambas as partes concordaram em incrementar o intercâmbio intergovernamental, legislativo, interpartidário e entre órgãos de gestão local.
Ambos demonstraram recetividade à promoção do desenvolvimento mútuo — de acordo com as condições de cada um — e continuarão a se apoiar mutuamente nos assuntos mais importantes que envolvam interesses comuns.
Ambos acordaram manter uma coordenação conjunta de assuntos globais, tais como: economia, alterações climáticas, proteção marítima e implementação do desenvolvimento sustentável, assim como reforçar na sua completude as relações sino-latino-americanas de benefício mútuo e desenvolvimento comum.
Após o discurso, os dois líderes testemunharam a assinatura de vários documentos relativos à parceria bilateral em diversos setores, dos quais se destacam: economia e comércio, agricultura, inspeção de qualidade, cultura, educação, informação, comunicação e finanças.
Os dois representantes compareceram ainda a uma coletiva de imprensa conjunta.