Xi'an, 24 out (Xinhua) -- Especialistas de relíquias italianos ajudarão seus colegas chineses a preservar delicadas pinturas de parede descobertas em tumbas antigas com mais de mil anos de história no noroeste da China, segundo um acordo assinado no fim de semana.
A cooperação sino-italiana durará três anos e envolverá treinamento, pesquisa conjunta, conserto e proteção de relíquias, diz o documento assinado entre o Alto Instituto de Roma para Conservação e Restauração e o Museu de História de Shaanxi na cidade de Xi'an, Província de Shaanxi.
A cidade era capital imperial de dezenas dinastias e hoje ostenta uma das reservas de relíquias culturais mais ricas do país. A última cooperação tem como foco as pinturas de parede de uma tumba da Dinastia Tang (618-907), uma idade de ouro da civilização chinesa com culturas de arte florescentes.
O Museu de História de Shaanxi abriga 640 pinturas murais de tumbas de Tang. Entre elas, 108 são consideradas com a mais alta qualidade, oferecendo aos historiadores bons materiais para estudar artes, cultura, religião e vida social da Dinastia Tang.
O alto funcionário do museu Qiang Yue disse esperar que a cooperação sino-italiana forneça experiência vital para pesquisadores chineses protegerem pinturas murais antigas em geral.
A China começou a preservar as pinturas de Tang já em 1952, mas algumas das obras eram difíceis a ser recuperadas devido à tecnologia atrasada, disse Yang Wenzong, alto pesquisador do museu especializado em preservação de pintura murais.
Como a tecnologia avançou nas últimas décadas, a conservação fez enorme progresso. Mas Yang disse que problemas duros permaneceram, como o desmembramento e a descoloração de certos objetos, o que precisa de colaboração mais estreita dos mais experientes especialistas de preservação do mundo.