“Estou aqui em visita de Estado para demonstrar o meu respeito pelo grande povo chinês e pelo governo chinês”, disse Rodrigo Duterte, de visita à China, na quarta-feira, onde irá permanecer por quatro dias.
Durante a primeira coletiva de imprensa na capital chinesa, Duterte desvalorizou a questão territorial do Mar do Sul da China.
O frontal líder filipino defendeu a sua controversa campanha contra a droga e condenou o envolvimento militar americano no mundo.
Duterte reservou ainda algumas tiradas de bom humor na justificação dos poucos eventos públicos em que participara nas primeiras 24 horas da sua estadia na China, desde a sua chegada na terça-feira à noite.
“Dormi”, disse o Presidente quando questionado relativamente à sua agenda durante quarta-feira, arrancando uma gargalhada em uníssono por parte dos repórteres presentes.
A China é o primeiro país fora da ASEAN que Duterte visita desde que assumiu as rédeas das Filipinas, a 30 de junho. Na quinta-feira estão previstos encontros com o presidente Xi Jinping, o premiê Li Keqiang e Zhang Dejiang, presidente da Assembleia Popular Nacional.
As antevisões apontam para que esta visita venha a repor as relações sino-filipinas, após a depressão causada pelo caso de arbitragem do Mar do Sul da China, iniciada pelo anterior presidente Benigno Aquino III.
Quando indagado por um repórter japonês relativamente a levantar ou não a questão do Mar do Sul durante a sua reunião com Xi Jinping, Duterte afirmou que esta não era a ocasião apropriada para o fazer, frisando não se ter dirigido à China para “fazer imposições vincadas”.