Jiuquan, 18 set (Xinhua) -- O laboratório espacial da China Tiangong-2 pode servir por mais de cinco anos e coexistir com a primeira estação espacial da China, programada para conclusão ao redor de 2020, disse à Xinhua sexta-feira um especialista em um programa espacial tripulado chinês.
A China lançou quinta-feira com sucesso o Tiangong-2 por um foguete Longa Marcha-2F T2, no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan no deserto de Gobi, no noroeste.
Com uma vida projetada de dois anos, o Tiangong-2 foi originalmente construído como um backup para o Tiangong-1, que completou sua missão em março, disse Zhu Congpeng, projetista-chefe do Tiangong-2.
"Mas nós esperamos que o Tiangong-2 sirva para mais de cinco anos dando a introdução de uma técnica propelante em órbita pela primeira vez", disse Zhu.
Em abril de 2017, a primeira astronave de carga da China, a Tianzhou-1, será enviada na órbita para ancorar com o laboratório espacial, fornecendo combustível e outro abastecimento.
"Se o experimento de fornecimento de combustível correr bem, a China então se tornará o segundo país depois da Rússia que dominará a técnica propulsara em órbita", disse Zhu.
No espaço, o laboratório espacial de 8,6 toneladas manobrará propriamente na órbita sobre 393 quilômetros acima da superfície da Terra. Como esta é mais alta em relação às missões espaciais tripuladas passadas, que eram conduzidas a 343 quilômetros, o Tiangong-2 será mais econômico e terá a vida útil mais longa, disse Zhu.
Embora pareça semelhante ao Tiangong-1, o alojamento do Tiangong-2 e seu sistema de suporte de vida foram melhorados, permitindo ao astronauta viver por mais tempo.
É desenhado para dois astronautas ficarem no espaço por até 30 dias e receber astronaves tripuladas e de carga.
O laboratório espacial também será usado para conduzir testes da ciência espacial em uma relativamente grande escala ante os esforços anteriores da China.