Beijing, 18 set (Xinhua) -- Um smart phone da Huawei que salvou seu proprietário ao bloquear uma bala durante um roubo na África do Sul pôs o holofote em telefones feitos na China. Mas o smart phone é apenas um dos diversos produtos chineses de qualidade que continuam a fazer sua presença no globo.

Seguem dez principais tipos de produtos chineses, variando da infraestrutura, indústria de alta tecnologia até eletrodomésticos.

-- Pontes. Desde que a Ponte Sutong na Província de Jiangsu, de 1088 metros em comprimento, ganhou o Prêmio da Federação Internacional de Engenheiros Consultores (FIDIC, em inglês) em 2014, as pontes chinesas continuaram a ganhar honras da FIDIC devido a sua qualidade excelente.

A Ponte Beipanjiang na Província de Guizhou, no sudoeste da China, acabou de ser construída há pouco. A 570 metros acima de um rio, renovou o recorde como a "mais alta ponte" do mundo.

-- Satélites. A China fez recentemente passos largos com o lançamento do primeiro satélite quântico do mundo "Mozi", como parte do programa Experimentos Quânticos da China na Escala Espacial (QUESS), que inclui 20 satélites do tipo.

O famoso programa Chang'e, o Programa de Exploração Lunar Chinês (CLEP, em inglês), está em andamento. Os primeiros dois orbitadores lunares Chang'e foram lançados em 2007 e 2010, e o Chang'e 3 aterrissou na Lua em 2013, enquanto o quarto e quinto lançamentos estão sob preparação.

-- Ferrovias de alta velocidade. Uma nova ferrovia entre Zhengzhou, Província de Henan, no centro da China e Xuzhou, Província de Jiangsu (leste) abriu sábado.

As ferrovias de alta velocidade da China têm agora mais de 20 mil quilômetros em comprimento. Com base em seu sucesso no país, trens-bala chineses ganharam contratos na Indonésia, Rússia, Irã e Índia.

-- Aviões civis não tripulados. Segundo o canal de TV central da China, existem mais de 400 companhias de avião civil não tripulado no país, com a Dajiang, fabricante em Shenzhen, liderando a indústria.

Segundo o Sistema de Pequenas Aeronaves Não Tripuladas dos Estados Unidos, os aviões não tripulados da Dajiang conseguiram uma fatia de mercado de 70% no país em 2015. O Wall Street Journal a chamou de primeira marca chinesa "a liderar uma grande categoria de novo produto de consumidor no mundo".

-- Supercomputadores. Em junho, a China estreou seu novo supercomputador Sunway TaihuLight, substituindo seu precedente Tianhe-2, que ficou no primeiro lugar da lista dos supercomputadores mais rápidos do mundo por três anos.

O Sunway TaihuLight pode fazer 93 quadrilhões de cálculos por segundo, ou petaflop/s, duas vezes mais rápido e três vezes mais eficiente que o Tianhe-2. Os dois supercomputadores mais rápidos do mundo são agora da China.

-- Projetos hidrelétricos. Na cédula de dinheiro da Guiné de 20 mil francos, há a imagem de um mapa da represa hidrelétrica Kaleta, construída por uma companhia chinesa e que duplicou a capacidade de energia do país africano.

A represa está entre uma lista longa de projetos hidrelétricos através da Ásia, África e América do Sul construídos pelas companhias chinesas.

-- Turbinas eólicas. Segundo uma pesquisa do Nikkei do Japão, a metade no aumento da demanda global por turbinas eólicas em 2015 foi fornecida por fabricantes chineses.

A companhia da energia eólica chinesa Goldwind tem a maior fatia de mercado de 12,8%, disse o Nikkei. A empresa sediada de Urumqi, no noroeste da China tem uma presença em seis continentes.

-- Smart phones. Além de marcas globalmente conhecidas como Huawei, ZTE e Lenovo, as companhias Xiaomi, Meizu, Umi e Smartisan estão crescendo a uma velocidade surpreendente nos mercados do exterior.

-- Eletrodomésticos. Depois de décadas de desenvolvimento, os fabricantes de eletrodomésticos chineses são conhecidos não só por seus preços mais baixos mas também por alta qualidade.

As fabricantes de lavadoras de roupa e geladeiras Haier e Midea, a produtora de condicionador de ar Gree, e as de TV Hisense e Skyworth estão ganhando mais clientes no mundo.

-- Indústria de automóveis. Como o maior mercado de automóveis do mundo em termos do número de carros vendidos, o mercado nacional chinês fornece uma base sólida para a indústria automobilística. Mas as marcas chinesas estão olhando para o exterior para mais lucros.

Em 2012, um recorde de mais de um milhão de unidades foram exportadas da China para os mercados do exterior, segundo a Associação de Distribuidores Automobilísticos da China.

Até setembro de 2014, 852 companhias e agências automotivas chinesas operavam na Europa, Estados Unidos, Ásia Central e África com um investimento total de US$ 9,6 bilhões, segundo o Ministério do Comércio chinês.