Sabedoria chinesa ajudará recuperação econômica e transformação do G20

Fonte: Xinhua    31.08.2016 14h18

Beijing, 31 ago (Xinhua) -- Em um momento em que a economia mundial luta contra as deficiências estruturais e a efetividade do G20 está sob prova, a presidência do G20 da China neste ano está prevista a oferecer soluções.

A inovação e a reforma estrutural são duas das opções que a China proporá durante a cúpula do G20, que será realizada entre 4 e 5 de setembro na cidade de Hangzhou, na Província de Zhejiang, no leste do país.

Cao Yuanzheng, economista-chefe do Banco da China, disse que os oito anos de lenta recuperação após a crise financeira 2008 destacam a necessidade de mudar as medidas fiscais e monetárias para a inovação.

"A fim de estimular a inovação, os governos devem criar um ambiente favorável através de reformas estruturais".

A opinião de Cao foi ecoada por James Laurenceson, vice-diretor do Instituto das Relações Austrália-China da Universidade de Tecnologia, em Sidney.

As medidas de estímulo de curto prazo para incentivar a demanda, tais como expansão rápida de crédito e taxa de juros zero, atingiram seus limites. A reforma estrutural é agora o mais realístico meio para alcançar progressos sustentáveis nos padrões de vida, informou Laurenceson. Economistas também acreditam que as medidas chinesas para impulsionar o crescimento doméstico podem fornecer uma visão valiosa para a reestruturação.

Huang Wei, especialista na governança global da Academia Chinesa de Ciências Sociais, indicou que a exploração persistente na reforma estrutural ajudou a China a manter um crescimento rápido durante as últimas três décadas, o que pode inspirar o mundo.

Cao afirmou que, sendo um maior mercado no mundo, a reforma estrutural no lado da oferta atual da China está injetando vitalidade nas economias nacional e internacional.

"A experiência da China é valiosa para outros países, especialmente para aqueles em vias de desenvolvimento com problemas semelhantes", segundo Cao.

Após várias rodadas de consultas sobre as políticas financeiras e monetárias neste ano antes da cúpula do G20, funcionários financeiros e dos bancos centrais dos membros do G20 anunciaram nove áreas prioritárias e 48 princípios orientadores para as reformas estruturais.

As prioridades devem melhorar a coordenação e a efetividade entre os membros do G20.

Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais também introduziram um sistema de índice quantitativo e mensurável para supervisionar e analisar a reforma estrutural dos membros do G20.

"O sistema de índice avalia o desempenho econômico dos países em diferentes aspectos, o que fará com que os países elaborem medidas de reforma efetivas", apontou Huang, acrescentando que o sistema de índice provavelmente mostrará os resultados ainda neste ano.

A presidência do G20 da China também está prevista a ajudar a elevar o G20 de um mecanismo de resposta à crise para um com objetivo de apoiar a governança global de longo prazo.

O G20 foi iniciado em 1999 após a crise financeira asiática. A cúpula dos líderes do G20 iniciou depois da erupção da crise financeira global 2008.

Criado como um mecanismo para diminuir riscos, houve pedidos para transformar o G20 de um comitê de crise para um comitê de direção em "tempo de paz" para a coordenação da política internacional.

"A China é a segunda maior economia no mundo e responsável por 30% do crescimento global. Isso torna-o um candidato ideal para desempenhar um papel de liderança para assegurar que o G20 faça uma mudança bem-sucedida e entregue benefícios generalizados", de acordo com Laurenceson.

(Editor: Juliano Ma,editor)

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