Berlim, 30 ago (Xinhua) -- O Grupo dos Vinte (G20) se tornou um mecanismo de governança mundial representativo, equitativo e eficaz. A China, presidente do G20 neste ano, quer reforçar a cooperação com a Alemanha, país anfitrião em 2017, e realizar esforços conjuntos para reativar a economia mundial, indicou na segunda-feira o embaixador da China na Alemanha, Shi Mingde.
"A boa cooperação entre a China e a Alemanha no marco do G20 é importante para o êxito do mecanismo", disse Shi em uma entrevista à Xinhua antes da cúpula do G20 que será realizada em Hangzhou, leste da China.
"Quanto à governança econômica e financeira mundial, a China e a Alemanha compartilham muitos objetivos comuns", acrescentou o embaixador, citando tanto a preferência de ambos os países pela economia real, como o apoio às reformas estruturais.
"As duas partes consideram que a recuperação sustentável da economia mundial não pode depender unicamente de estímulos fiscais e de políticas monetárias flexíveis", disse Shi.
A China escolheu "Para uma economia mundial inovadora, vigorizada, interconectada e inclusiva" como tema da cúpula do G20 deste ano e fixou como temas principais a inovação, as reformas estruturais, o desenvolvimento sustentável, o comércio e o investimento.
"É provável que na cúpula de Hangzhou se obtenham cerca de 30 importantes resultados, o que a tornará mais frutífera em comparação com as cúpulas anteriores", disse Shi.
De acordo com o embaixador, a China e a Alemanha mantiveram constante comunicação como preparativo para a cúpula de Hangzhou. Tal coordenação continuará com o fim de garantir bem-sucedidas reuniões do G20 neste ano e no próximo.
Shi acrescentou que como organizador da cúpula do G20 em 2016, a China obteve uma oportunidade para participar da governança econômica mundial de forma mais ampla e de um nível mais alto, com o que contribuirá melhor à estabilidade e ao desenvolvimento da economia mundial.
"Tanto para a China como para o mundo inteiro, a cúpula do G20 deste ano terá uma muito enorme e profunda influência", disse o embaixador.
Shi assinalou que através das reformas estruturais, a China transformou sua força econômica impulsora e melhorou a qualidade de seu crescimento.
De 2011 a 2015, a economia chinesa cresceu a um ritmo anual médio de 7,3%, em comparação com a média mundial de 2,4%.
O embaixador citou a iniciativa do Cinturão e Rota, o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura e disse que a China está contribuindo com sua sabedoria e soluções à governança econômica mundial.
"No futuro aumentará o papel da China como motor do crescimento econômico mundial".