Disco “Cores do Brasil” faz sucesso na China em meio aos jogos olímpicos

Fonte: Diário do Povo Online    11.08.2016 10h15

O primeiro encontro de Yang Xuefei com a música brasileira foi aos 12 anos de idade, quando ela começou a tocar violão clássico. Ela ouviu “som de carrilhões”, do compositor João Pernambuco, em um show em Beijing. Os artistas tinham deixado a partitura, então Yang foi capaz de reproduzi-la mais tarde com seus colegas.

"Fiquei impressionada com a alegria e animação da música," disse Yang ao China Daily.

Quase 30 anos depois, Yang gravou a música no seu último álbum, Cores do Brasil, que foi lançado no início do mês passado.

Por mais de 500 anos, o Brasil tem sido um caldeirão de culturas, com danças e músicas dos povos europeus e africanos.

O novo álbum de Yang apresenta 21 obras de artistas brasileiros, como Antônio Carlos Jobim, Villa-Lobos e João Pernambuco.

"O álbum é um desejo de longa data. Ele reflete as minhas músicas favoritas da ampla e profunda gama de músicas brasileiras", disse Yang.

“Manhã de Carnaval” é uma das primeiras músicas brasileiras que Yang ouviu e continua sendo a sua favorita. É provavelmente a bossa-nova mais notável de Luzi Bonfá, guitarrista e compositor que alcançou fama por sua composição para o filme Orfeu Negro.

Yang lançou seis álbuns até agora e tem feito muitas turnês mundiais. Ela é uma das primeiras chinesas a aprender violão em uma escola de música e também a ganhar uma bolsa de estudos na Royal Academy of Music em Londres.

Ela está entre as primeiras chinesas que tocam violão clássico a conseguir um contrato de gravação na China.

"Quando eu comecei a tocar violão clássico, 80% dos alunos eram homens", diz Yang.

Yang não toca apenas composições ocidentais, mas também um repertório tradicional, como a adaptação de peças musicais tocadas em instrumentos chineses, como a pipa (cítara) ou Liuqin (instrumento de quatro cordas).

Muitas vezes Yang toca uma ou duas músicas músicas chinesas nos seus shows. "O violão é um instrumento tão acessível e bonito. Quando eu toco essas músicas, que não são tradicionalmente para serem tocadas em um violão, o público, especialmente aqueles que não estão familiarizados com a música chinesa, são surpreendidos." 

(Editor: Renato Lu,editor)

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